Hinos Antigos Evangélicos - Matheus Iensen - A Oração é a Chave

Lição 3, E DEUS os Criou Homem e Mulher


TEXTO ÁUREO
"E de um só fez toda a geração dos homens para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação." (At 17.26)

VERDADE PRÁTICA
DEUS nos criou à sua imagem e semelhança, para que o amemos e vivamos para a sua glória.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - At 17.26 - No princípio DEUS criou a raça humana 
Terça - Ml 2.10 - DEUS nos fez; logo, somos todos irmãos
Quarta - Gn 1.27 - O homem e a mulher são obras primas da criação de DEUS
Quinta - Hb 2.7 - DEUS nos criou menor do que os anjos
Sexta - Sl 100.3 - Que toda a Terra saiba que DEUS é o Criador
Sábado - Sl 95.6 - Louvemos ao nosso Criador, pois só Ele é digno de receber o louvor

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gênesis 2.7,18-24
7 - E formou o Senhor DEUS o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.
18 - E disse o Senhor DEUS: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele. 19 - Havendo, pois, o Senhor DEUS formado da terra todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome. 20 - E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele. 21 - Então, o Senhor DEUS fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar. 22 - E da costela que o Senhor DEUS tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão. 23 - E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada. 24 - Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.

OBJETIVO GERAL
Evidenciar o fato de que DEUS criou o homem e a mulher.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar a maneira como o homem foi criado;
Conhecer como se deu a criação da mulher;
Explicar a constituição do casamento.

INTERAGINDO 
Não somos o resultado da evolução de uma espécie. Diante de tantas teorias falsas a respeito da origem da vida humana, podemos perceber a relevância do tema da aula de hoje para a edificação da nossa fé. Temos um Criador que nos formou e nos dá a vida. Ele cuidadosamente preparou o Éden para receber o ser humano, a mais significativa das suas obras. Homem e mulher foram criados à imagem de DEUS. A mulher tem a mesma natureza que o homem, embora fisicamente seja um ser distinto. Tanto o homem como a mulher possuem características próprias do Criador, tais como: o amor pelo belo (Gn 2.9), prazer pelo trabalho significativo (Gn 2.15), responsabilidade moral (Gn 2.16,17) e ambos se complementam por intermédio do casamento. Que a cada dia das nossas vidas venhamos a glorificar aquEle que nos formou e nos dá a vida.

PONTO CENTRAL
Homem e mulher foram criados à imagem e semelhança de DEUS.

Resumo da Lição 3, E DEUS os Criou Homem e Mulher
I - COMO O HOMEM FOI CRIADO
1. A matéria prima do homem.
2. O sopro divino.
3. Adão, um ser imortal.
4. A missão do homem.
II - A CRIAÇÃO DA MULHER
1. A solidão do homem.
2. A criação da mulher.
a) Anestesista. b) Cirurgião. c) Geneticista.
3. A principal característica moral da mulher.
III - A INSTITUIÇÃO DO CASAMENTO
1. Monogâmico.
2. Heterossexual.
3. A indissolubilidade.

SÍNTESE DO TÓPICO I - O homem foi criado do pó da Terra e recebeu de DEUS o fôlego da vida.
Portanto, o homossexualismo, quer masculino, quer feminino, é uma abominação aos olhos do Criador.
SÍNTESE DO TÓPICO II - A mulher foi criada a partir da costela de Adão o que mostrar que ambos têm a mesma origem, o pó da Terra.
SÍNTESE DO TÓPICO III - DEUS instituiu o casamento monogâmico, heterossexual e indissolúvel.

CONHEÇA MAIS
*Feito a imagem de DEUS
“Em 1.26-30, encontramos ‘O Homem Feito à Imagem de DEUS’.
1) Um ser espiritual apto para a imortalidade.
2) Um ser moral que tem a semelhança de DEUS.
3) Um ser intelectual com a capacidade da razão e de governo.
Uma das marcas da imagem de DEUS foi Ele ter dado ao homem o status e o poder de governante. O direito de o homem dominar ressalta o fato de que DEUS o equipou para agir como governante. A aptidão para governar implica em capacidade intelectual adequada para argumentar, organizar, planejar e avaliar.” Para conhecer mais leia Comentário Bíblico Beacon, CPAD, p. 33.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO - Top2
"1."Tanto o homem quanto a mulher foi uma criação especial de DEUS, não um produto da evolução. O homem e a mulher, igualmente foram criados à 'imagem' e 'semelhança' de DEUS. À base dessa imagem, podiam comunicar-se com DEUS, ter comunhão com Ele e expressar de modo incomparável o seu amor, glória e santidade. Eles fariam isso conhecendo a DEUS e obedecendo-o. Eles tinham semelhança moral com DEUS, pois não tinham pecado, eram santos, tinham sabedoria, um coração amoroso e o poder de decisão para fazer o certo (Ef 4.24). Viviam em comunhão pessoal com DEUS, que abrangia obediência moral e plena comunhão. Quando Adão e Eva pecaram, sua semelhança moral com DEUS foi desvirtuada. Na redenção, os crentes devem ser renovados segundo a semelhança moral original. Adão e Eva possuíam semelhança natural com DEUS. Foram criados como seres pessoais tendo espírito, mente, emoções, autoconsciência e livre-arbítrio. Em certo sentido, a constituição física do homem e da mulher retrata a imagem de DEUS, o que não ocorre no reino animal. DEUS pôs nos seres humanos a imagem pela qual Ele apareceria visualmente a eles e a forma que seu Filho um dia viria a ter. O fato dos seres humanos terem sido feitos à imagem de DEUS não significa que são divinos. Foram criados segundo uma ordem inferior e dependente de DEUS. Toda a vida humana provém inicialmente de Adão e Eva" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1991, p. 33). 
2. "Uma linda tradição judaica observa que DEUS não tirou Eva do pé de Adão, para que ele não tentasse dominá-la; ou da sua cabeça, para que ela se visse acima. Em vez disso, DEUS tirou Eva da costela de Adão, para que os dois pudessem caminhar um ao lado do outro ao longo da vida" (RICAHRDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma Análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 26).

PARA REFLETIR - A respeito do livro de Gênesis:
Em que dia da obra divina o homem foi criado?
O homem foi criado no sexto dia.
Por que DEUS criou o ser humano?
O homem foi criado para uma tripla missão: governar a Terra, cultivar o solo e guardar o jardim que o Senhor plantara.
Qual a principal característica da mulher em relação ao esposo?
A principal característica moral da mulher esta no fato de que DEUS criou Eva, a fim de que ela estivesse ao lado de Adão, auxiliando-o. 
Quais as características do casamento?
As principais características são: monogâmico, heterossexual e indissolubilidade.
Por que é importante conhecermos esta verdade?
Pelo fato de que existem muitas falsas teorias e mentiras a respeito da origem da vida humana e do casamento.
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 63, p. 38. - Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.

SUGESTÃO DE LEITURA
20 Evidências de que DEUS Existe, História de Israel no Antigo Testamento e Manual Bíblico Entendendo a Bíblia.

COMENTÁRIOS DE VÁRIOS AUTORES 

Para mim antes de sua expulsão Lúcifer estava no céu. Depois de sua queda, agora chamado Satanás, habitou no local que é no Iraque, no Jardim do Éden.
Mesmo local onde DEUS criou Adão. DEUS disse para Adão lavrar e guardar o jardim - Guardar tem a ver com guardar de ladrão, que no caso é Satanás que veio roubar, matar e destruir.

Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
Objetivos:
-Entender que o primeiro relato da formação do homem fala de sua posição dentro da criação, e o segundo, de sua efetivação.
-Concordar que as teorias sobre a origem do homem são, realmente, antibíblicas, pois não tem o respaldo da Palavra de DEUS.
-Aceitar, pela fé, que o ensino bíblico sobre a origem do homem é autentico, pois retrata a revelação de DEUS a Moisés.
-Compreender que as faculdades humanas são particularidades do homem, as quais o fazem diferente dos outros animais.
1. Esclareça aos alunos que Moisés, no livro de Gênesis, relata, duas vezes, a formação do ser humano. No primeiro registro (Gn 1.26,27), ele nos mostra que o homem, a obra-prima da criação, foi feito no sexto dia. No segundo (Gn 2.7,8), explica que Adão foi formado do pó da terra.
2. Explique a eles que todas as teorias, sobre a origem do homem, são antibíblicas, pois desejam desacreditar o registro da Palavra de DEUS, o qual é aceito pela fé, e não através da razão. A mais perigosa delas é a da evolução das espécies, que afirma ser o homem originário do macaco.
3. Explique a eles que a Bíblia é a única fonte em que devemos confiar, sobre a origem do homem, pois é a Palavra de DEUS. O ser humano tem a natureza biforme, ou seja, ele possui o elemento material, feito do pó da terra, e o imaterial, outorgado pelo Senhor, através do sopro divino (alma e espírito).
Como professor, você tem a obrigação de compreender devidamente o assunto, para estar apto a responder às diversas perguntas que lhe forem feitas durante a aula. Pesquise, busque auxílio em outras fontes. Não se contente com um estudo superficial. Aprofunde-se na matéria, pois a Palavra de DEUS é urna fonte inesgotável.
Introdução
Têm surgido as mais variadas teorias acerca da origem do homem. De um modo geral, elas não conseguem anular a ligação do ser humano com a Terra. Entretanto, a única fonte realmente autorizada, acerca da origem da humanidade, é a Bíblia Sagrada. Os dois primeiros capítulos de Gênesis nos oferecem, de modo plausível e coerente, a verdadeira história das origens, inclusive a do homem.
l. OS DOIS RELATOS BÍBLICOS DA CRIAÇÃO DO HOMEM
1. O primeiro relato sobre a criação do homem. Encontra-se em Gênesis 1.26,27. Neste texto, está declarada a ordem criativa da Trindade, quando diz: "Façamos o homem". A despeito da importância teológica que se dá ao "façamos", para denotar a participação triúnica da Deidade, o fundamental, nesta passagem, é a palavra "BARAH" (hebraico), do versículo 27, que quer dizer: "criou". DEUS o fez do pó da terra, mas sua criação foi um ato divino. Ele foi feito especial e diferente da vida vegetal, aquática e animal.
2. O segundo relato da criação do homem. Encontra-se em Gênesis 2.4-8. Neste relato histórico, ternos, além da criação do homem, também a descrição da origem da mulher. Enquanto a primeira narração se preocupou mais em mostrar a ordem da criação e a decisão da Corte Divina, em criar o homem a sua imagem e semelhança, o segundo relato apresenta a sua efetivação. No texto de Gênesis 2.7, ternos a seguinte declaração: "E formou o Senhor DEUS o homem do pó da terra, e soprou em seus narizes o fôlego da vida, e o homem foi feito alma vivente.
3. A criação da mulher. No segundo relato da criação, podemos destacar, no texto de Gênesis 2.18-25, a formação da mulher. Depois de DEUS ter criado Adão, Ele também fez Eva. Em Gênesis 1.27, está escrito: "macho e fêmea os criou".
II. TEORIAS ANTIBÍBLICAS SOBRE A ORIGEM DO HOMEM
1- A teoria evolucionista. Esta teoria apresenta o homem como um ser que evoluiu de urna ordem inferior, no mundo animal. Ensina que esta evolução resultou de sucessivas alterações nas formas materiais, devido as forças latentes que existem na matéria. Mas a Bíblia refuta esta teoria, quando declara que:
(1) a origem do homem resultou de um ato criativo de DEUS;
(2) o ser físico do homem também é resultado de um ato criativo de DEUS, que utilizou a matéria já existente "afar" (hebraico), que significa "pó da terra";
(3) O homem, hoje, tem a mesma estrutura física e espiritual do dia em que foi criado;.
(4) o homem foi tirado da terra e está destinado a ela, depois da morte (Ec 3.20);
(5) o homem não é evolução natural da terra, pois ele foi "plasmado".
2- A teoria filosófico materialista. Sigmund Freud, que lançou esta teoria, era ateu, filósofo e psicanalista. Ele enfatizou, em seus argumentos, a ideia de que o homem, em sua vida biológica e psicológica, tem como base e formação de sua personalidade e seus instintos naturais. Afirmou ele que coisas, como sexo, fome, sede, segurança e prazer, são pressões que determinam as ações e os padrões da personalidade do homem. No conceito de Freud, a natureza do homem não se relaciona com o sobrenatural, no caso, DEUS. Para ele, a ideia de urna relação do Criador com o ser humano é imprópria e inexistente, pois o mesmo vê o homem como urna criatura egocêntrica, voltada apenas para as suas necessidades, sem qualquer comunhão com um ser supremo. Acreditava ele que, ao morrer o homem, nada mais resta.
3- A teoria do humanismo científico. As fontes de informações, para os adeptos desta teoria, sobre a natureza e origem do homem, estão na Biologia, Psicologia e Medicina. Para esta escola de pensamento, o homem é um produto evolucionário da Natureza, sem a menor possibilidade de imortalidade.
III. O ENSINO DA BÍBLIA SOBRE A ORIGEM DO HOMEM
1- A biforme natureza do homem. O homem foi criado com urna biforme natureza: material e imaterial. A primeira foi formada do pó da terra (Gn 2.7) e a segunda, outorgada diretamente pelo Criador. O sopro divino nas narinas do homem concedeu-lhe a vida física e a espiritual. A vida imaterial do homem é representada pela alma e pelo espírito. Porém, esta dupla natureza do homem é representada por urna tricotomia, que se constitui, na parte material, pelo corpo; na imaterial, pela alma e pelo espírito (1 Ts 5.23).
2. A tricotomia do homem (1 Ts 5.23; Hb 4.12). O termo tricotomia significa "aquilo que é dividido em três", ou "que se divide em três tomos". Em relação ao homem, refere-se as três partes do seu ser: corpo, alma e espírito. Há divergência neste ponto daqueles que entendem o homem como apenas um ser dicótomo, ou seja, que se divide em duas partes: corpo, alma ou espírito.
Os defensores da dicotomia do homem unem alma e espírito como urna só parte e, às vezes, como se fossem urna só coisa. Entretanto, parece-nos mais aceitável o ponto de vista da tricotomia. Este conceito crê que o homem é urna triunidade composta e inseparável. Só a morte física é capaz de separar o corpo de sua parte imaterial.
a) O corpo. É a parte inferior do homem que se constituí de elementos químicos da terra, como oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio, fósforo, potássio, enxofre, sódio, cloro, iodo, ferro, cobre, zinco, e outros elementos em proporções menores. Porém, o corpo, com todos estes produtos, sem a bênção divina, é de ínfimo valor.
b) A alma. É preciso saber que o corpo sem a alma é inerte. Ela precisa dele para expressar sua vida funcional e racional. É identificada, no hebraico do Antigo Testamento, por "NEPHESH" e, no grego do Novo Testamento, por "PSIQUE".
e) O espírito. No hebraico é "RUACH" e no grego é "PNEUMA". O espírito do homem não é um simples sopro ou fôlego, mas também vida imortal (Ec 12.7; Dn 12.2; Le 20.37; 1 Co 15.53). Ele é o princípio ativo de nossa vida espiritual, religiosa e imortal. É o elemento de comunicação entre DEUS e o homem. Certo autor cristão escreveu que "o corpo, a alma e o espírito constituem a base real dos três elementos do homem: consciência do mundo externo, consciência própria e consciência de DEUS".
IV. AS FACULDADES DISTINTAS DO HOMEM
1- As faculdades do corpo. São cinco as faculdades principais, as quais se manifestam através do corpo: visão, audição, olfato, paladar e tato. Ainda que sejam distintas urnas das outras, elas não atuam independentes do comando da alma. São denominadas de instintos naturais ou sentidos corporais, os quais recebem impressões do mundo exterior, transmitidas ao cérebro, através do sistema nervoso. É daí que partem as ordens para todas as partes do corpo. Os sentidos físicos obedecem às leis naturais que estão impressas no ser humano. São elas que regem as atividades do corpo.
2. As faculdades da alma. São três as faculdades ou qualidades da alma, pelas quais ela se manifesta: intelecto, sentimento e vontade.
O INTELECTO - (Gn 1. 28; 2.19,20) é a parte da alma que pensa, raciocina, decide, julga e conhece. É ele quem recebe os conhecimentos. Três outras manifestações lhe são peculiares: a imaginação, memória e razão. Com a primeira, o homem é capacitado a idealizar e projetar. É um processo do pensamento que habilita o ser humano a construir imagens, através do raciocínio. A segunda é outro atributo do intelecto que capacita o homem a guardar em seu cérebro os fatos passados e presentes. Ela retém os conhecimentos adquiridos e os traz a lembrança. A terceira é um atributo do intelecto que leva o homem a pensar, julgar e compreender as relações entre as coisas, distinguir entre o verdadeiro e o falso, o bem e o mal.
O SENTIMENTO - faz o homem um ser emotivo. Ele não é urna máquina insensível, pois pode sentir todas as grandes emoções, como alegria, gozo, paz, prazer, tristeza, descontentamento, pesar e dor.
A VONTADE - se expressa como resultante das influencias do intelecto e dos sentimentos. Ela não age sozinha. Não há vontade livre ou independente. Ela obedece às forças emotivas e intelectuais da alma.
3. As faculdades do espírito. Duas faculdades principais se destacam com abrangência sobre outras qualidades importantes, as quais são: Fé e Consciência. Elas identificam o ser religioso do homem. Podemos chamar de natureza espiritual, da qual o ser humano é dotado especialmente para urna perfeita comunhão com DEUS. Os sentidos físicos e psicológicos tornam o homem um ser terreno e racional, mas os espirituais o tornam um ser especial.
A faculdade da fé é urna qualidade do espírito humano que expressa a religiosidade do homem e o toma capaz de adorar, reverenciar, louvar e orar a DEUS, o Criador. Não se trata de um tipo de fé, adquirida ou ensinada, mas é urna forma inata que nasce com qualquer ser humano. Ela nos estimula a buscar a DEUS e comungar com Ele.
ENSINAMENTOS PRÁTICOS
1. DEUS, em sua infinita sabedoria, revelou a Moisés o princípio de todas as coisas, ciente de que surgiriam falsas doutrinas que tentariam denegrir o relato bíblico. No entanto, Ele mesmo nos concedeu a fé, virtude esta que nos capacita a crer plenamente neste registro.
2. O incrédulo não quer admitir a existência de um Ser Supremo, Criador de todas as coisas e, para justificar a sua incredulidade, dá lugar as muitas especulações sobre a origem do homem. Nós, conhecedores da verdade, rimos deles, pois não passam de tolos, conforme se expressou Davi em Salmo 14.1.
3. As bibliotecas do mundo estão cheias de tratados a respeito da origem do homem, e a maioria deles procura desfazer o relato bíblico. Mas são teorias semelhantes aos castelos de areia, os quais ruem com qualquer vendaval. Mas nós ficamos com o que a Bíblia nos diz, pois é a sempiterna Palavra ele DEUS.
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral

A Mensagem do Livro de Gênesis - LIÇÃO 2 - 11 DE JANEIRO de 1942 – A CRIAÇÃO DO HOMEM - 1º trimestre de 1942 - Adalberto Arraes 
RESUMO DA LIÇÃO
I — A formação do homem — Conselho e execução — 1:26-28; 2:7.
II — A criação é sujeita ao homem — 2:8-9; 19-20.
III — A formação da mulher — 2:18, 21-22.
IV — A instituição do matrimônio — 2:23-24
No sexto dia, após haver DEUS criado todas as coisas, houve um conselho para formação do homem: "Façamos o homem"; disse o Senhor. DEUS é trino e nos seus conselhos Ele age de modo liberal e coerente com a sua perfeição. DEUS tem prazer em seus servos fiéis, (comp. Gên. 6:13; 8:17; João 15:15, etc.) pois os trata como amigos. Notamos ainda um detalhe importante, é que o homem não foi apenas criado, como os demais seres, conforme vimos na lição anterior. Para as outras coisas está escrito: -— criou, haja, produza a terra ou produzam as águas, etc.; com respeito à criação do homem, porém, a Escritura fala de outro modo, v. 7: "e formou o Senhor DEUS o homem'. E' como se um conselho de Estado desse ordens solenes por qualquer dos seus componentes mas, para determinado assunto, por uma deferência especial, todo o conselho se reunisse para agir, empregando todos os seus recursos para um só objetivo. Concluímos, pois, que DEUS Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO, fizeram pessoalmente o homem e, justamente por isso, essas três Pessoas têm parte absolutamente na sua salvação.
À sua imagem DEUS o criou
Podemos entender que o homem era imagem e semelhança de DEUS, não no seu poder, nem na sua imortalidade, nem tão pouco na sua perfeição e imutabilidade, mas sim no seu original entendimento. "DEUS fez o homem reto, mas eles buscaram muitas inovações". (Ecl, 7:29). Quanto à sua formação do pó da terra, o entendimento humano conduz à falsa suposição de que DEUS tenha feito uma espécie de boneco de barro e lhe tenha soprado o espírito de vida. Isso é falso, e errado e não está escrito. A verdade é que o homem foi formado do pó da terra e não de pó; como, ou por que processo, não o sabemos, DEUS o sabe. Uma observação interessante nos mostra que, tendo sido a terra criada no principio, todas as coisas que nela existem saíram dela. Por exemplo: tomemos um automóvel; se disséssemos a um ignorante que o automóvel foi formado do pó da terra, ele, certamente, riria e não daria o menor crédito; no entanto, desde os pneumáticos, até à capota; desde os faróis até o para-choque, forros, tapetes, etc., tudo saiu do pó da terra; até mesmo a essência e o óleo que o fazem andar saíram do pó da terra. Isso não nos mostra a necessidade de crer que se fez um automóvel de barro, e por um passe mágico ele saiu andando, mas podemos afirmar que o homem tirou o automóvel do pó da terra. Em ambos os casos a origem, a concepção e os fatos são insofismáveis, embora tenha havido fatores intermediários não revelados com respeito ao homem.
Perante DEUS, a criação é secundária, em face do homem.
1- DEUS denominou o Dia, a Noite, o Céu e a Terra. Tudo o mais na criação foi denominado pelo homem. DEUS trouxe tudo a Adão, 'para ver como ele chamaria', essa foi a primeira prova de inteligência a que o homem foi sujeito. Adão saiu vitorioso da prova, pois com raciocínio lúcido pôde justificar o nome que deu a Eva. DEUS já tinha resolvido dar uma companheira ao homem (v. 18), mas antes disso sujeitou-lhe "tudo" que criara (v. 19-20). Isso nos mostra que o homem é senhor sobre a criação, antes que a mulher existisse, sem, contudo, poder se gloriar nisso como superior à mulher porque ela foi tirada dele. A criação em geral foi formada diretamente da terra e da água; a mulher, porém foi tirada do homem.
2- DEUS disse ao homem que sujeitasse a terra (v. 28) e ele não tem feito mais do que desobedecer a essa ordem. O egoísmo, "regionalismo, o racismo, o patriotismo e outros ismos" têm criado os problemas do chamado "espaço vital" cuja solução é impossível enquanto o homem não cumprir o que DEUS mandou, isto é, "sujeitar a terra". Os homens trocaram a ordem de DEUS como se fosse: "sujeitai-vos uns aos outros pela força". A terra é extensa, mas a desobediência foi maior e perverteu os planos dados ao homem.
3- A mulher, conforme já vimos, foi tirada do homem. Ela, no casal, não tem situação inferior, nem superior, nem igual ao homem, mas é mulher. Se algum homem a considerar como um ente inferior, depõe contra si mesmo, pois a mulher saiu dele. Um tal indivíduo há de considerar também como inferiores os seus companheiros de sexo e, portanto, está inchado em si mesmo. DEUS sujeitou tudo ao homem antes de criar a mulher. Já estudamos esse detalhe sob o ponto de vista de ter o homem autoridade sobre tudo, pois ela veio depois. Para sermos honestos, porém, temos de olhar também o assunto sob outro aspecto: DEUS criara a mulher depois de ter dado a prepotência ao homem sobre a criação; logo, não lhe deu prepotência, sobre a mulher. A maneira pela qual foi formada a mulher, nos fornece um sem número de figuras perfeitas a respeito da formação da Igreja de CRISTO:
1) DEUS deu a mulher ao homem, assim como deu a Igreja a CRISTO: "eram teus e tu mos destes" disse JESUS. Em abono disso, vemos que, para criar a mulher, o nome de DEUS está no singular, "far-lhe-ei" (v. 18) enquanto que para criar o homem veio no plural — "façamos' .
2) DEUS fez cair um sono pesado sobre Adão assim como fez sobre CRISTO, o qual esteve três dias e três noites no seio da terra.
3) A mulher foi tirada do lado de Adão como a Igreja foi do lado de CRISTO.
4) Cerrou a carne no lugar. Mostra que uma só mulher foi tirada e nunca mais outra se tiraria, assim como de CRISTO só foi tirada uma Igreja.
5) Não está escrito que DEUS tenha soprado o seu ESPÍRITO na mulher, como tipo perfeito de que ela o tenha (por figura) recebido daquele de quem foi tirada, assim como a Igreja recebeu de CRISTO, o ESPÍRITO SANTO (João 20:22).
6) Assim como Adão participou da carne e dos ossos de Eva, CRISTO também participou da carne e dos ossos da sua Esposa, a Igreja, pois Ele se fez carne e habitou entre nós. Os crentes estudiosos poderão ainda ver muita coisa a respeito desse grande mistério. O matrimônio foi um ato moral e digno, instituído conjuntamente por DEUS e pelo homem. Dizemos pelo homem, porque foi este quem sentenciou. . . "deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne."
A prostituição e baixeza do gênero humano tem origem na evitação do matrimônio e na quebra dos seus laços. O Senhor JESUS deu ao matrimônio um valor até então ignorado aquele que, no seu coração desejasse outra mulher, já tinha adulterado. O homem espiritual e desejoso de DEUS, só tem de O louvar por esse mandamento tão perfeito, enquanto que o carnal diz logo: "Se assim é . . . não convém. ..." (Mat. 19:10).
A Mensagem do Livro de Gênesis - LIÇÃO 2 - 11 DE JANEIRO de 1942 – A CRIAÇÃO DO HOMEM - 1º trimestre de 1942 - Adalberto Arraes

Gênesis - Comentário Adam Clarke
Gênesis 1.26 - Em nossa imagem, conforme a nossa semelhança que está dito acima se refere apenas ao corpo do homem, o que é dito aqui se refere a sua alma. Isto foi feito na imagem e semelhança de DEUS. Agora, como o Ser Divino é infinito, ele não é limitado por partes, nem definível por paixões, por isso ele não pode ter imagem corporal depois que ele fez o corpo do homem. A imagem e semelhança se refere necessariamente ao ser intelectual, sua mente, sua alma que deve ter sido formado de acordo com a natureza e perfeições de DEUS. A mente humana é ainda dotada de capacidades extraordinárias, muito mais quando em comunhão com seu criador. DEUS agora produz um espírito, um espírito, também, formado com as perfeições da sua própria natureza. DEUS é a fonte donde esse espírito é emitido, portanto, o fluxo deve se parecer com a mola que o produziu.
DEUS é santo, justo, sábio, bom e perfeito, por isso deve ser o espírito e alma parecidos com ELE: não deveria haver na alma nada impuro, injusto, ignorante, mal, baixo, ou vil. Ele foi criado à imagem de DEUS, e essa imagem, nos diz o apóstolo Paulo, consistiu na justiça, a verdadeira santidade, e conhecimento, Efésios 4:24; Colossenses 3:10. Daí o homem deve ser sábio em sua mente, santo em seu coração, e justo em suas ações.
O texto nos diz que foi um trabalho de ELOHIM, a pluralidade divina, marcado aqui mais claramente pelo plural pronomes EUA e NOSSO, e para mostrar que ele era a obra-prima da criação de DEUS, todas as pessoas na Divindade são representadas como unidos em conselho e esforço para produzir essa criatura incrível.
Gregory Nyssen tem muito corretamente observou que a superioridade do homem sobre todas as outras partes da criação é vista no fato de que todas as outras criaturas são representadas como efeito da palavra de DEUS, mas o homem é representado como o trabalho de DEUS, de acordo com o plano e consideração. Veja suas Obras, vol. i, p. 52, c. 3.

Versículo 7. DEUS formou o homem do pó.
DEUS nos mostra que o homem é composto de três partes, tem um corpo e alma distintamente, e criadas separadamente, o corpo do pó da terra, a alma e o espírito vieram da respiração do próprio DEUS. Isso não quer dizer que a alma e o corpo são a mesma coisa? Não. O corpo tem sua origem a partir da terra, ou como aphar implica, da poeira, daí porque sendo terreno é decomponível e perecível.
Da alma é dito que DEUS soprou em suas narinas o fôlego da vida ; nishmath chaiyim, o sopro da vida. Isso implica em que o homem é animal e intelectual.
Quando este sopro de DEUS expandiu os pulmões do homem e os colocou em atividade, sua inspiração deu ao espírito a compreensão e revelação de DEUS.

Versículo 18. Não é bom que o homem esteja só...
lebaddo. Vou fazer-lhe uma ajudadora para o completar; ezer kenegdo, uma ajuda, uma parte de si mesmo, formada a partir dele mesmo, uma semelhança perfeita de sua pessoa. Se a palavra for lida literalmente, significa umcomo, ou como ele mesmo, de pé em frente a, ou dele. E isso implica que a mulher era para ser uma perfeita semelhança do homem, nem inferior e nem superior.
O homem foi feito uma criatura social, não seria bom que ele estivesse só, era preciso uma companheira matrimonial. Daí descobrimos que o celibato, em geral, não é uma coisa boa, pois DEUS deseja que o homem esteja ao lado de uma mulher. Os homens podem, em oposição à declaração de DEUS, chamar o celibato de um estado de excelência ou um estado de perfeição, mas devemos nos lembrar de que a palavra de DEUS diz o inverso.

Versículo 19. Havendo, pois, o Senhor DEUS formado da terra todo animal do campo e toda ave dos céus...
Apesar de haverem microscópicos seres, cada ser é perfeito em sua criação, equipados com todo o aparato de ossos, músculos, nervos, coração, artérias, veias, pulmões, vísceras, etc...
E Adão deu nome a todos os animais
1- DEUS parece ter tido em vista que o homem conhecesse detalhadamente cada animal e lhe desse nome para que soubesse depois os que poderia servirem de alimento para ele.
2- Para mostrar a ele que nenhuma criatura daquelas poderia servir para ser sua companheira. Este duplo objetivo foi respondida logo veremos, pois,entendido por Adão:
1. Adão deu nomes, mas como? A partir de um profundo conhecimento da natureza e as propriedades de cada criatura. Aqui vemos a perfeição de seu conhecimento, pois é bem sabido que os nomes afixados os diferentes animais nas Escrituras sempre expressam alguma característica proeminente e característica essencial das criaturas em que são aplicados. Se ele não tivesse possuído um conhecimento intuitivo das propriedades e distinções desses animais, ele nunca poderia ter dado esses nomes. Esta circunstância é uma forte prova da perfeição original e excelência do homem, enquanto em um estado de inocência. Adão fez o trabalho de um Ser infinitamente sábio e perfeito, e o efeito deve se parecer com a causa que a produziu.
2. Adão estava convencido de que nenhuma dessas criaturas poderia vir a ser uma companheira adequada para ele, e que, portanto, ele deveria continuar no estado de viver só, o que não era bom, mas esperando a generosidade de seu Criador, pois entre todos os animais que ele tinha nomeado não havia encontrado uma ajudadora ou complementadora para ele.

Versículo 21. O Senhor DEUS fez cair pesado sono sobre o homem,
Este não era nem desmaio nem êxtase, mas o que a nossa tradução diz muito bem: um sono profundo (uma anestesia geral?).
E tomou uma das suas costelas
É irrelevante se tsela era uma costela, ou uma parte de seu lado, que significa: uma parte do homem era para ser usada na ocasião, se osso sou carne , não importa; embora seja provável, a partir do versículo 2:23 de Gênesis, que uma parte de Adão foi levada para ele saber como a mulher foi formada, pois ele disse, “esta é carne da minha carne e osso dos meus ossos”. DEUS poderia ter formado a mulher do pó da terra, como ele tinha formado o homem, mas se ele tivesse feito isso, ela apareceria aos seus olhos como um ser distinto, com quem ele não tinha nenhuma relação natural. Mas, como DEUS formou-a de uma parte do próprio homem, ele viu que ela era da mesma natureza, mesma carne, idêntica a ele e tendo sangue como ele, e da mesma constituição em todos os aspectos e, consequentemente, teria poderes iguais, faculdades e direitos iguais. Isso asseguraria a sua afeição, e animaria a sua estima por ela.

Versículo 23. “disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos”...
Há um significado muito delicado e expressivo no original, que não aparece em nossa versão. Quando os diferentes gêneros de criaturas foram trazidos para Adão, que ele pode atribuir-lhes os seus nomes próprios, é provável que eles passassem em pares perante ele, e quando passaram receberam seus nomes.
Agora a frase é Zoth happaam, devemos prestar mais atenção a esta criatura que agora passa ou aparece diante de mim, é carne da minha carne, as criaturas que tinham passado antes dela não eram adequadas a ele e, portanto, foi dito, para o homem que não era uma ajudadora, uma companheira, uma esposa, Gênesis 2:20, mas quando a mulher passa, ela é formada a partir dele mesmo, ele sentiu toda a atração que consanguineamente poderia produzir essa visão, e ao mesmo tempo via que ela estava em sua pessoa e em sua mente, ela possuía todos os sentidos adequados para ser sua companheira, ajudadora, esposa. Veja Parkhurst.

Ela será chamada mulher
Uma versão literal do hebraico parece estranha, mas é uma versão literal e é a única correta: A palavra é ish e significa homem, e a palavra usada para expressar o que chamamos de mulher é a mesma com uma terminação feminina, ishshah, e significa, literalmente, ela formada a partir do homem. A maioria das versões antigas sentiu a força do termo, e têm-se esforçado para expressá-la da forma mais literal possível. O leitor inteligente não vai se arrepender de ver alguns deles aqui. A Vulgata Latina torna o hebraico virago, que é uma forma feminina de vir, de um homem. Símaco usa ανδπιρ, andris, uma forma feminina de ανηπ aner, um homem. Nosso próprio termo é igualmente adequado quando entendido. A verdade é que a tradução adequada e literal do original é, e podemos agradecer ao discernimento dos nossos ancestrais anglo-saxões para dar-lhe, de que mulher é uma contração que veio do homem, significa que a mulher foi gerada do homem, como se fosse de seu útero (se o tivesse), uma versão muito apropriada do hebraico ishshah. Daí, vemos a perspectiva de observação de Adão: Esta criatura é carne da minha carne e osso dos meus ossos, por isso deve ela ser chamada VENTRE-homem, ou homem versão feminina, porque foi tirada do varão. Veja Verstegan . Outros usam esposa do homem ou feminino do homem.
O versículo 24. Portanto o homem deixará seu pai e sua mãe.
Não haverá, por ordem de DEUS, uma ligação mais íntima formada entre o homem e a mulher, nem mesmo entre pais e filhos.
E eles serão uma só carne.
Estas palavras podem ser entendidas em um sentido duplo.
1. Estes dois serão uma só carne, deve ser considerado como um corpo, não tendo direitos separados ou privilégios, ou cuidados, ou preocupações, independentes. Esse é o casamento.
2. Estes dois serão para a produção de uma carne, de sua união uma posteridade brotará.
Nosso Senhor cita estas palavras, Mateus 19:5 , com alguma variação deste texto: Eles serão uma só carne . Em Marcos 10:8 . Paulo, da mesma forma em 1 Coríntios 6:16 , e em Efésios 5:31 . A Vulgata Latina, a Septuaginta, o siríaco, o árabe, e o samaritano, todos lemos a palavra DOIS porque esta é a leitura genuína sem dúvida. A palavra sheneyhem, eles dois ou ambos, foi, suponho, omitida na primeira versão do texto hebraico, por engano, porque ocorre três palavras depois no verso seguinte, ou, mais provavelmente, o que ocorreu originalmente em Gênesis 2:24, 25. Um copista após ter constatado que ele havia escrito duas vezes, na correção de sua cópia, retirou a palavra em Gênesis 2:24 , em vez de; 2:25 . Mas, qual a conseqüência é? Na controvérsia sobre a poligamia, houve uma conseqüência muito grande. Sem a palavra, alguns defenderam erradamente que um homem pode ter muitas esposas.
Um homem pode ter em união legal apenas uma esposa.
Temos aqui a primeira instituição do casamento, e vemos nele vários elementos dignos de nosso respeito e admiração.
1. DEUS pronuncia o estado do celibato como sendo um mau estado e o Senhor DEUS disse: “Não é bom que o homem esteja só”. Este é o julgamento de DEUS. Conselhos de pais, médicos, e sínodos, que tenham dado uma opinião diferente sobre tal assunto não são dignos de atenção. A palavra de DEUS permanece para sempre.
2. DEUS fez uma mulher para um homem, e, assim, ele nos mostrou que todo filho de Adão deve ser unido a uma filha de Eva até o fim do mundo. Veja Clarke em I Coríntios 7:3.
DEUS fez a mulher saindo de um homem, a insinuar que deve haver íntima união e apego carinhoso subsistindo na ligação matrimonial, de modo que o homem deve sempre considerar e tratar a mulher como uma parte de si mesmo, e como ninguém jamais odiou a sua própria carne, mas nutre e a sustenta, por isso deve sustentar e amar sua mulher como a si mesmo, e por outro lado, a mulher deve considerar que o homem não foi feito para ela, mas que ela foi feita para o homem, em submissão a DEUS, ela também deve estar para com ele nessa submissão, por isso a mulher deve reverenciar seu marido, Efésios 5:33 .
Gênesis 2:23,24 contém as próprias palavras da cerimônia de casamento: Esta é carne da minha carne, e osso de meu osso, por isso o homem deixará seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne.
Quão feliz deve tal estado ser quando a instituição de DEUS é devidamente considerada, em ambas as partes que são casadas, como o apóstolo Paulo o expressa, no Senhor, onde cada um, pelos atos de terna bondade, vive apenas para satisfazer os desejos um do outro e contribuir de todas as maneiras possíveis para o conforto e a felicidade do outro! O casamento ainda pode ser o que era em sua instituição de origem, puro e adequado, e em seu primeiro exercício, carinhoso e feliz.
A realidade que vemos hoje nos casamentos é paixão, turbulência e irregularidades, e falta de religião. Perspectivas mundanas, originando e terminando no egoísmo e afetos terrenos, e não em fins espirituais, são as causas principais de quebra de alianças matrimoniais nos dias atuais. Como podem tais fontes de águas turvas e amargas produzirem águas puras e doces?
Gênesis - Comentário Adam Clarke

Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
7. O Dia dos Animais e do Homem (1.24-31)
Dando mais uma ordem: Produza a terra alma vivente (24), Deus encheu a terra de criaturas: as bestas-feras da terra (os animais selvagens, 25), gado e... todo réptil que se move sobre a terra (26).
Mas este dia teria a coroação do ato criativo. A deidade, em deliberação, disse: Façamos o homem (26). Esta criatura tinha de ser diferente. Deus disse que o homem tinha de ser feito à nossa imagem, tendo certa semelhança com a realidade, mas carecendo de plenitude. O homem devia ser conforme a nossa semelhança, tendo similitude geral com Deus, mas não sendo uma duplicata exata. Não era para ele ser um pequeno Deus, mas definitivamente tinha de estar relacionado com Deus e ser o portador das características distintivas espirituais que o marcam exclusivamente como ser superior aos animais.
Em 1.26-30, encontramos “O Homem Feito à Imagem de Deus”.
1) Um ser espiritual apto para a imortalidade, 26ab; 2) Um ser moral que tem a semelhança de Deus, 27; 3). Um ser intelectual com a capacidade da razão e de governo, 26c,28-30 (G. B. Williamson).
Uma das marcas da imagem de Deus foi Ele ter dado ao homem o status e o poder de governante. O direito de o homem dominar (28) ressalta o fato de que Deus o equipou para agir como governante. A aptidão para governar implica em capacidade intelectual adequada para argumentar, organizar, planejar e avaliar. A aptidão para governar implica em capacidade emocional adequada para desejar o mais alto bem-estar dos súditos, apreciar e honrar o que é bom, verdadeiro e bonito, repugnar e repudiar o que é cruel, falso e feio, ter profunda preocupação pelo bem-estar de toda a natureza e amar a Deus que o criou. A aptidão para governar implica em capacidade volitiva adequada para escolher fazer a toda hora o que é certo, obedecer ao mandamento de Deus indiscutivelmente e sem demora, entregar alegremente todos os poderes a Deus em adoração jovial e participar em uma comunhão saudável com a natureza e Deus.
Deus criou o homem para ser uma pessoa que tivesse autoconsciência, autodeterminação e santidade interior (Ec 7.29; Ef 4.24; Cl 3.10). A imagem foi distribuída sem distinção de macho e fêmea, tornando-os iguais diante de Deus.
Como Deus abençoou (22) o que previamente havia criado (21), assim Deus outra vez abençoou (28) esta fase da sua obra. Incumbiu o homem com a responsabilidade de reproduzir-se e sujeitar à sua superintendência a terra e tudo que nela havia.
O ato de abençoar o gênero humano é de significado mais amplo que o de abençoar os animais (22). O homem é capaz de ter consciência dessa bênção e pode responder a ela. “Abençoar” em relação a um ser racional é ato de transmitir um senso da vontade de Deus para o abençoado. Isto é especialmente significativo para o homem, pois a ordem de procriar coloca a aprovação de Deus no ato de reprodução. Essencialmente, a relação homem-mulher na procriação é boa, está dentro da vontade de Deus e é básica para o bem-estar deles.
No Antigo Testamento, há dois aspectos para o ato de conceder bênçãos. Da parte de Deus, há o ato de um Ser superior concedendo favor a quem é dependente dele. Da parte do homem, há o retorno da gratidão ao Doador de dons (Gn 24.48; Dt 8.10).
Aspecto importante da bênção de Deus era a concessão de poder e habilidade para sujeitar e dominar (28) os outros seres criados que habitam a terra. Mas era uma autoridade delegada, um governo subordinado, pelo qual o homem prestava contas a Deus.
Presumimos que a responsabilidade de controlar a vida animal não acarreta o direito de abusar dela, caso contrário não teria sido bom.
Deus concedeu ao homem o direito de usar os frutos da vida vegetal para comida (29). Isto não lhe deu o privilégio de explorar a natureza, deixando para trás estrago e desolação. O cuidado apropriado dos frutos da vida vegetal tem necessariamente de acarretar o cultivo (2.15) e a conservação dos recursos naturais.
O fato de os animais, sujeitos ao controle do homem, também se alimentarem de plantas, toda a erva verde (30), destaca ainda mais a responsabilidade que pesa sobre o homem. Ele é responsável por controlar a natureza de modo que a natureza supra as necessidades de todas as criaturas vivas e não só as necessidades do homem (ver 9.3 sobre a permissão de comer carne).
A morte de animais não é mencionada, embora não haja razão para presumir a ausência de morte animal antes da queda. O foco está na vida, na harmonia, na ordem e na aptidão de forma e função para o domicílio terrestre do homem.
Em 1.1-5, 26-31, vemos a “Criação pela Vontade Onipotente”, com a idéia central no versículo 1.1) Causa adequada, 1,2; 2) Desígnio evidente, 2-5; 3) Homem semelhante a Deus, 26-30; 4) Concepção onisciente, 31 (G. B. Williamson).
Não há indicação clara de que a história no capítulo 2 tenha alguma parte na seqüência de tempo do aparecimento de plantas e animais. Pelo contrário, a atenção é focada no fato de que sem chuva e o cuidado vigilante do homem a terra era originariamente estéril. Por conseguinte, Deus forneceu umidade e formou o homem para que as plantas que precisam de cultivo frutificassem.
Mais detalhes sobre a criação do homem são dados aqui que em 1.27. Em 2.7, o homem é apresentado como criatura da terra. Ele é formado do pó. Com profundo interesse, Deus inalou vida no homem, ato que realça o fato de que a vitalidade do homem e a dinâmica interna vêm diretamente de Deus. Qualquer outro objeto do afeto e esperança do homem é ilusão. Ele é feito para dois mundos; portanto, ser separado de Deus é murchar como o fruto de uma videira cortada.
As duas expressões: o fôlego da vida (7, nishmat chayyim) e a alma vivente {nefesh chayyah) têm muito em comum. Ambas podem ser usadas para referir-se tanto a animais como ao homem. Fôlego (nishmat) está mais associado com o homem, mas é designado a animais em 7.22. Alma vivente se aplica a todos os tipos de animais em 1.20,21,24,30; 2.19; 9.12,15,16.
O termo hebraico nefesh tem conotação mais ampla que o termo nishmat. Ambos podem significar “respiração, fôlego, hálito”, mas nefesh também inclui estes significados: ser vivo, alma, vida, ego, pessoa, desejo, apetite, emoção e paixão. O homem é único. Ele é o que é, porque Deus... soprou em seus narizes o fôlego da vida. Deus nunca fez isso com um animal.
A Mulher que Deus Formou (2.18-25)
Havia um aspecto da criação de Deus que não estava totalmente satisfatório. O fato de o homem ainda estar só (18) não era bom. O isolamento é prejudicial. Por dedução, a relação social, ou seja, o companheirismo, é bom. Por conseguinte, Deus determinou fornecer ao homem uma adjutora que esteja como diante dele, literalmente, uma ajudante que lhe correspondesse, alguém que fosse igual e adequada para ele. “Uma ajudante certa que o complete” (VBB). A Bíblia Confraternidade traduz: “Uma ajudante como ele mesmo”.
Considerando que não há formas de tempos verbais em hebraico, não se conclui necessariamente que Deus formou os animais depois de ter formado o homem. Pode igualmente significar que depois que o homem foi colocado no jardim, os animais que Deus previamente formara foram trazidos a Adão (19). A seqüência de tempo não é o item importante aqui.
Um aspecto da imagem de Deus foi demonstrado pelo poder de Adão discernir a natureza de cada animal e dar um nome certo, pois em hebraico, nome e caráter coincidiam.
Quando Adão pôs os nomes (20), ele mesmo foi capaz de discernir que nenhum dos animais era uma adjutora que estivesse como diante dele. Ele, como também Deus, tinha de saber disso para apreciar o que Deus estava a ponto de fazer.
O sono pesado (21) é o tipo no qual os sentimentos ou capacidade emotiva deixam de funcionar normalmente. Ver Gênesis 15.12; Jó 4.13; 33.15, onde a frase está ligada com visões; e 1 Samuel 26.12 e Jonas 1.5, onde o termo não está relacionado com visões.
Ver também Isaías 29.10, onde a expressão sugere falta de sensibilidade espiritual. A costela (22) pode significar o osso e a carne que a envolve. E a parte do corpo mais próxima do coração, que para os hebreus era o lugar dos afetos. A mulher não foi feita de substância inferior.
Para acentuar a singularidade deste ato, é usado um verbo hebraico diferente (yiben), que significa “construir”, detalhe completamente perdido na palavra traduzida por formou.
Deus trouxe-a a Adão para sua aprovação e avaliação. Assim, parte da história segue a seqüência dos dias criativos no capítulo 1, isto é, a decisão (18-20), o ato criativo (21,22) e a aprovação (23).
De imediato, Adão (23) viu a conveniência desta ajudante. Ela era parte íntima dele, osso dos meus ossos e carne da minha carne e, desta forma, adequada para ele. Mas ele também demonstrou sua posição de autoridade ao lhe dar um nome.
Com efeito, esta foi a instituição da relação matrimonial. Desde o princípio, Deus quis que o casamento fosse exclusivo e íntimo. Não era simplesmente para a mulher agarrar-se ao homem como um apêndice. Para deixar clara a responsabilidade do homem, Deus ordenou que o homem se apegasse à sua mulher (24) no compromisso mútuo da verdadeira união. O casamento tem de permanecer irrompível ao longo da vida, pois foi dito: E serão ambos uma carne, ou seja, uma identificação completa entre si. E nisto eles não se envergonhavam (25).
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.

Referências Bibliográficas 
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm
GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral

Fonte: http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao3-ctc-4tr15-e-deus-os-criou-homem-e-mulher.htm Acesso em 15 out. 2015.

Entrevista com Clarice Lispector

"... de uma inocência pisada, de uma miséria anônima."










Escola Bíblica Dominical - Lição 2: A Criação dos Céus e da Terra

Texto Base: Salmos 104:1-14 

“Pela fé, entendemos que os mundos, pela Palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Hb 11:3)
INTRODUÇÃO
Nesta Aula, estudaremos sobre a criação dos Céus e da Terra, um fato histórico que aconteceu exatamente como está escrito no Livro de Gênesis. Por que Deus criou tudo isto? Simplesmente porque Ele é livre para criar, e seu propósito baseia-se no fato da eterna bondade que Ele manifesta para sua criação. Ao criar o universo, não significa que Deus precisasse de alguma coisa para si, já que Ele possui tudo (Salmos 24:1). Ele criou todas as coisas para manifestação da sua glória (Salmos 19:1-5; Is 6:3; 43:7). A criação da Terra foi aplaudida pelos anjos, os quais foram criados antes da criação do mundo material, conforme Deus revelou a Jó: “Onde estavas tu, quando eu fundava a terra?… Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam?” (Jó 38: 4,7).
  1. O CRIACIONISMO BÍBLICO
O criacionismo bíblico é a doutrina segundo a qual Deus criou, a partir de sua palavra, tudo quanto existe: os Céus, a Terra, os reinos vegetal e animal, e finalmente o ser humano (Hb 11:3). Diferentes teorias, através dos tempos, foram levantadas por mentes incrédulas e perniciosas, no intuito de ofuscar o criacionismo bíblico. Dentre tais teorias destacou-se o evolucionismo, a abor­dagem, sem fundamento científico, proposta por Charles Darwin (1809-1882).
  1. Evolucionismo. O evolucionismo ensina que a matéria é eterna, preexistente. A partir daí, mediante processos naturais e por transformação gradual, os seres passaram a existir. Propõe uma visão determinista, na qual o meio torna-se o selecionador da melhor variedade dentre os seres. Entretanto, essa teoria é simplesmente uma hipótese sem evidência científica. Não há nenhuma evidência, nem sequer no registro geológico, a apoiar a teoria de que um tipo de ser vivente já evoluiu doutro tipo. Pelo contrário, as evidências existentes apoiam a declaração da Bíblia, que Deus criou cada criatura vivente “conforme a sua espécie” (Gn 1:21,24,25).
Segundo o método científico, toda conclusão deve basear-se em evidências incontestáveis, oriundas de experiências que podem ser reproduzidas em qualquer laboratório. No entanto, nenhuma experiência foi idealizada, nem poderá sê-lo, para testar e comprovar teorias em torno da origem da matéria a partir de um hipotético “grande estrondo”, ou do desenvolvimento gradual dos seres vivos, a partir das formas mais simples às mais complexas.
A evolução, em todas as áreas, é coisa do homem, por ser imperfeito. Exemplos:
– No mundo marítimo, o homem, primeiro deve ter flutuado sobre as águas, agarrado num tronco de madeira. Depois fez do tronco uma canoa, uma jangada, uma barcaça, um navio à vela ou movido à remos; chegou, depois de muito tempo, ao grande transatlântico. A construção naval evoluiu.
– No campo aeronáutico, do 14 Bis de Santos Dummont ao “Concorde” dos franceses, foram mais de 50 anos de evolução.
Os evolucionistas se enganam por não conhecerem Deus, nem sua perfeição, nem o seu poder criativo.
  1. Criacionismo. Em Gênesis 1 a 11, Moisés descreve, com objetividade, a atuação do Criador do universo e do homem: o Deus Todo-Poderoso. Segundo o conceito criacionista, a origem do mundo conecta-se à verdade bíblica de que, no princípio, Deus criou os céus e a Terra (Gn 1:1; Ex 20:11; Sl 90). Logo, a Palavra de Deus refuta a ideia de um surgimento acidental e apresenta o Senhor como autor da criação de todas as coisas (Ec 3:11). O Deus trino e eterno criou o universo e o sustenta por intermédio do Seu poder soberano (João 1:1-3; Cl 1:16,17; Hb 11:3).
Três verbos hebraicos são usados para traduzir a ação criativa de Deus no Antigo Testamento:barah, asah e yatzar.
  • Barah – indica a ação criadora de Deus. Em relação às coisas, transmite a ideia de criar do nada. Em relação ao homem, criar a partir de material preexistente (Gn 1:1,27; 5:1a).
  • Asah – relaciona-se à criação a partir de material preexistente (Gn 1:11,12,31; 5:1b).
  • Yatzar – significa modelar, dar forma, finalizar (Gn 2:7,22).
O Altíssimo tudo criou a partir da sua Palavra. Ele, simplesmente, disse: “Haja”, e os elementos vieram à existência (Gn 1:3; Sl 33:6). Por sua ordem, o sistema solar e os reinos, vegetal e animal, ganharam vida. Veja, em resumo, o quadro demonstrativo da criação:
1º diaLuz (dia e noite).Gn 1:3-5O AMBIENTE PROPÍCIO PARA A VIDA
2º diaCéu, atmosfera e mares.Gn 1:6-8
3º diaTerra e vida vegetal.Gn 1:9-13VIDA VEGETAL
4º diaOs corpos celestes que iluminam a Terra.Gn 1:14-19
5º diaOs animais do mar e as avesGn 1:20-23VIDA ANIMAL
6º diaOs mamíferos, os répteis e o homem.Gn 1:24,25
  1. Propósito e alvo da criação. Deus criou os Céus e a Terra: (1)
  1. a) para manifestação da sua glória, majestade e poder. Davi diz: “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Sl 19:1). Ao olharmos a totalidade do cosmos criado – desde a imensa expansão do universo, à beleza e à ordem da natureza – ficamos tomados de temor reverente ante a majestade do Senhor Deus, nosso Criador.
  1. b) para receber a glória e a honra que lhe são devidas. Todos os elementos da natureza – por exemplo, o sol e a lua, as árvores da floresta, a chuva e a neve, os rios e os córregos, as colinas e as montanhas, os animais e as aves – rendem louvores ao Deus que os criou (Sl 98:7-9; 148:1-10).
  1. c) para prover um lugar onde o seu propósito e alvo para a humanidade fossem cumpridos:
– Deus criou Adão e Eva à sua própria imagem, para comunhão amorável e pessoal com o ser humano por toda a eternidade. Deus projetou o ser humano como um ser trino e uno (corpo, alma e espírito), que possui mente, emoção e vontade, para que possa comunicar-se espontaneamente com Ele como Senhor, adorá-lo e servi-lo com fé, lealdade e gratidão.
 Deus desejou de tal maneira esse relacionamento com a raça humana que, quando Satanás conseguiu tentar Adão e Eva a ponto de se rebelarem contra Deus e desobedecer aos seus mandamentos, Ele prometeu enviar um Salvador para redimir a humanidade das consequências do pecado (cf. Gn 3:15). Daí Deus teria um povo para sua própria possessão, cujo prazer estaria nEle, que o glorificaria, e que viveria em retidão e santidade diante dEle (Is 60:21; 61:1-3; Ef 1:11,12; 1Pe 2:9).
 A culminação do propósito de Deus na criação está no livro do Apocalipse, onde João descreve o fim da história com estas palavras: “… com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap 21:3).
  1. A CRIAÇÃO DO TEMPO, DO ESPAÇO, DOS CÉUS E OS ANJOS
No “princípio” Deus criou perfeitamente todo o cosmos (Gn 1:1). Criou também o tempo, o espaço, os Céus e os anjos, e a Terra sem forma e vazia.
  1. O tempo. Gênesis 1:1 convida todos nós à história. A criação foi um ato temporal de Deus. Não consta de forma verbal na Bíblia, mas pode-se afirmar que a primeira coisa que Deus criou foi o tempo. Isto porque a obra divina somente poderia ser concretizada no âmbito temporal.
A declaração de que a criação foi um ato temporal não significa restringir ou confinar Deus ao tempo, porque Ele está fora de qualquer confinamento, restrição física ou mesmo espiritual. Na verdade, a lição que aprendemos na Bíblia é que o mundo teve começo (cf. Mt 19:4,5; Mc 10:6; João 1:1,2; Hb 1:10).
A pergunta que costumeiramente é feita, quando se estuda sobre o tempo da criação, é: “em quanto tempo Deus criou o mundo?”.  Há cinco teorias principais sobre a interpretação dos seis dias da criação: (2)
– A teoria do dia pictórico. Esta teoria afirma que os seus dias mencionados no livro de Gênesis sãos os seis dias durante os quais Deus revelou a Moisés os eventos da criação. Mas a Bíblia relata a criação de maneira clara, simples e histórica como relata quaisquer outros eventos. Interpretar o texto desta forma exige o abandono de todos os princípios exegéticos.
– A teoria do hiato. Esta teoria afirma que Gênesis 1:1 descreve uma criação original que foi seguida pela queda de Satanás e pelo grande juízo. Supõe-se que Gênesis 1:2, então, seja uma descrição da recriação ou restauração que ocorreu. Êxodo 20:11 ensina que todo o universo, incluindo os céus e a terra (Gn 1:1), foi criado no período de seis dias, mencionado no primeiro capítulo de Gênesis.
– A teoria do dia intermitente. Esta teoria afirma que os dias mencionados são dias literais, mas que são separados por longos períodos (até mesmo milhões de anos). Contudo, a menos que toda a atividade criativa seja limitada aos dias literais, esta interpretação é uma contradição direta ao texto de Êxodo 20:11.
– A teoria do dia-era. Esta teoria afirma que a palavra yôm, que é o termo hebraico para “dia”, é usada para se referir a períodos de extensão indefinida, e não dias literais. Embora seja um significado viável para o vocábulo (Lv 14:2,9,10), não é o mais comum. Logo, o sentido vernacular não é fundamento suficiente para sustentar essa teoria.
– A teoria do dia literal. Esta teoria afirma que este é o significado claro do texto: o universo foi criado em seis dias literais. Os vários esforços para unir o relato bíblico da criação e a evolução não são respaldados nem mesmo pelas várias teorias de hiato, porque a ordem da criação está em oposição direta às interpretações da ciência moderna (por exemplo, a criação das árvores antes da luz). A expressão “dia e noite” indica dias literais (cf. Dn 8:14, onde a mesma expressão em hebraico é traduzida como “tardes e manhãs”).
Conquanto a teoria dos dias literais seja a mais aceita pelos cristãos e judeus, a Bíblia, porém, não especifica a duração desses períodos de tempo. A questão real não é quanto tempo levou, mas como Deus criou. Ele criou a Terra de forma sistemática (não criou as plantas antes da luz), e criou homem e mulher como seres únicos, capazes de comunicar-se com Ele. Nenhuma outra parte da criação possui este privilégio. Portanto, não importa em quanto tempo Deus fez o mundo, se em alguns dias ou alguns milhões de anos; o importante é que Ele o criou exatamente como desejava.
Muitas Bíblias destacam notas sobre a cronologia da Terra, mas isto não faz parte originalmente da Bíblia. Muitos dizem que a criação ocorreu em 4004 a.C. Um arcebispo chamado Usher chegou a esta conclusão a partir do cálculo dos anos que atravessam as genealogias patriarcais (Gn 5; Gn 11). Uma comparação destas genealogias com as contidas nos Evangelhos revelará que as genealogias não são completas por desígnio, nem nos foram fornecidas para que calculássemos o intervalo de tempo entre vários eventos na história antiga do homem. Elas apresentam alguns nomes significativos, e omitem outros. Portanto, não podem ser usadas para estabelecer a data da criação. A época mais antiga a partir da qual podemos calcular anos civis com uma precisão aproximada é a época de Abraão.
  1. O espaço. Deus criou o espaço a fim de conter a sua obra, que, embora vastíssima, é finita. Logo, o espaço também é finito. O Criador não se acha limitado quer pelo tempo, quer pelo espaço; a criação, sim. Até mesmo os anjos, criaturas de Deus, acham-se condicionados ao aspecto temporal e espacial, pois não podem estar em dois lugares ao mesmo tempo.
  1. A Terra ainda informe. “E a terra era sem forma e vazia…”(Gn 1:2). No original hebraico, esta expressão dá a ideia de um lugar ermo. Esta frase significa algo desordenado, como estava desordenada a terra de Israel por causa do pecado (Jr 4:23-27). Segundo estudiosos, isto se refere à Terra como um lugar vazio, isto é, um lugar improdutivo e inacabado. O estado da Terra reflete uma situação na qual não estava produzindo vida. A preocupação da narrativa é com a vida: aves, animais e vegetação.
“Alguns teólogos entendem este texto como uma referência ao ato da recriação, mas sem base suficiente na Bíblia para garantir esta ideia. Os que defendem estra teoria, ensinam que entre Gênesis 1:1 e 1:2, houve um cataclismo geológico, provocado pela queda e Satanás perante o Criador. Mas, parece-nos que a narrativa da criação nada tem a ver com isso, pois trata-se de um relato dos atos criativos de Deus, que eliminou o caos que envolvia a Terra, ‘sem forma e vazia’”(LBM, p. 13, CPAD. 1995).
A Bíblia de Scofield afirma que a condição da Terra, em Gn 1:2, é o resultado de juízo, razão pela qual interpreta o verbo hãyãh como “tornou-se”. Contudo, a estrutura hebraica de Gn 1:2 é disjuntiva, descrevendo o resultado da criação descrita em Gn 1:1. A expressão “sem forma e vazia” é frequentemente mal interpretada em função das possibilidades de sua tradução. Estas palavras não descrevem o caos, mas o vazio. Uma tradução melhor seria “sem forma e desocupada”. (3)
III. A ORDENAÇÃO DA TERRA
  1. O Espírito Santo na criação“… o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (Gn 1:2); “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança…” (Gn 1:26). A imagem do Espírito Santo de Deus movendo-se sobre a face da terra é semelhante a um pássaro-mãe cuidando dos seus filhotes e protegendo-os (ver Dt 32:11,12; Is 31:5). O Espírito de Deus, portanto, estava envolvido ativamente na criação do mundo (ver Jó 33:4; Sl 104:30). O cuidado e a proteção de Deus ainda são uma realidade.
  1. Tarefas ordenadas. A afirmação de que a “a terra era sem forma e vazia” provê o cenário para a narrativa da criação que se segue. Durante o segundo e o terceiro dia, Deus deu forma ao universo; nos três dias seguintes, Ele encheu a Terra com seres viventes. As trevas foram dispersas no primeiro dia, quando Deus criou a luz.
  1. A CRIAÇÃO DA LUZ (Gn 1:3-5)
A Bíblia declara ousadamente que “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn1:1). Todavia, a Terra não estava pronta para o homem (coroa da criação), ainda estava sem forma e vazia, a despeito da atividade Onipotente do Espírito Santo, que se movia continuamente sobre a face das águas (Gn 1:2). E o primeiro ato de Deus, no primeiro dia, foi a criação da luz.
“E disse Deus: Haja luz. E houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã: o dia primeiro”.
Deus fez aparecer a luz cósmica, pelo poder da sua Palavra, quando disse: “haja luz, e houve luz”. O mundo estava debaixo da escuridão total, mas o Criador fez surgir a luz, mesmo antes de aparecer o Sol. Em Gênesis 1:4, lemos: “e fez Deus separação entre a luz e as trevas”. Havia, de fato, uma densa acumulação de neblina e vapor, os quais envolvia a Terra, e, por isso, existia uma total escuridão. Quando surgiu a luz, as trevas foram vencidas pelo poder da claridade que se espalhou sobre a expansão das águas. No versículo 5, a luz foi chamada “dia” e as trevas, “noite”.
  1. A SEPARAÇÃO DAS ÁGUAS (Gn 1:6-8)
“E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas. E fez Deus a expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão. E assim foi. E chamou Deus à expansão Céus; e foi a tarde e a manhã: o dia segundo”.
Parece que, antes do segundo dia, a terra estava completamente imersa numa camada espessa de água, talvez em forma de vapor carregado. Esta vasta cortina líquida e nebulosa cobria a Terra e impedia que a luz solar a vencesse. Ela impedia o planeta a um juízo de trevas impenetráveis. No segundo dia, Deus dividiu essa camada em duas partes: uma parte cobriu a terra, e a outra formou as nuvens, e entre elas surgiu o firmamento ou “expansão”. “E chamou Deus à expansão [firmamento] céus”, isto é, o espaço imediatamente acima da superfície do planeta (não o espaço estelar, nem o terceiro Céu, onde Deus habita). Gênesis 1:20 deixa claro que o céu se refere ao espaço onde voam as aves – “…e voem as aves sobre a face da expansão dos céus”.
  1. A CRIAÇÃO DO REINO VEGETAL (Gn 1: 9-13).
“E disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca. E assim foi. E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares. E viu Deus que era bom. E disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nela sobre a terra. E assim foi. E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie e árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie. E viu Deus que era bom. E foi a tarde e a manhã: o dia terceiro”.
O terceiro ato de Deus diz respeito à formação de um futuro ambiente ou habitat para o homem, que seria formado no sexto dia. Primeiramente, Deus ajuntou as águas que cobriam o planeta e fez aparecer a porção seca, criando assim a Terra e os Mares. Alguns arqueólogos acreditam que, originalmente, “a porção seca” fosse um só continente; isto realmente combina com o texto sagrado: “… e apareça a porção seca…” (Gn 1:9). Não diz: as porções secas.
Após isso, Deus fez surgir todos os tipos de plantas e árvores na Terra. A parte seca, hoje, disposta no planeta em cinco continentes, foi capacitada para produzir toda a vegetação em forma de ervas variadas que dão sementes e árvores frutíferas. Estes elementos vitais da vegetação seriam os produtores de alimentos para a sobrevivência dos seres vivos.
– “… conforme a sua espécie…”. Não há espécie de vida à parte do desígnio e ato criativo de Deus. Ele queria que a vegetação servisse como alimento para formas de vidas mais elevadas (cf Gn 1:29,30).
– A fotossíntese. Cabe aqui uma indagação: “como a vegetação poderia vingar sem o processo de fotossíntese, já que o sol só viria a ser criado no quarto dia?”. O sol não é a única fonte de luz no universo. Além disso, é possível que ele já existisse desde o primeiro dia, tendo somente aparecido ou se feito visível (com a dissipação da neblina) no quarto dia. Vemos luz num dia nublado, mesmo quando não nos é possível ver o sol. Portanto, não há contradição alguma entre a Bíblia Sagrada e a verdadeira ciência. Afinal, aquele que criou as plantas haveria de esquecer-se de algo tão básico como a fotossíntese?
VII. A CRIAÇÃO DO SISTEMA SOLAR (Gn 1:14-19)
“E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos. E sejam para luminares na expansão dos céus, para alumiar a terra. E assim foi. E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas. E Deus os pôs na expansão dos céus para alumiar a terra, e para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que era bom. E foi a tarde e a manhã: o dia quarto”.
Somente no quarto dia Deus criou os luzeiros no firmamento dos céus (o sol, a lua e as estrelas) para iluminarem a Terra e servirem no estabelecimento do calendário.
“Não há contradição entre o relato do primeiro e o quarto dia, quando ambos os textos relativos falam do aparecimento da luz. A diferença é que, no primeiro dia (Gn 1:3-5), Deus ordena o surgimento da luz; e no quarto dia (Gn 1:14-19), organiza o sistema solar. Neste dia, surgem o Sol e a Lua, e os astros celestes”(LBM, p. 13, CPAD. 1995). Enquanto nos mitos do antigo Oriente Próximo o sol e a lua são as principais divindades, aqui são objetos sem nome designados por um Deus Criador para servirem à humanidade.
“Tudo está pronto para a sobrevivência animal. Há água portável, comida e o ciclo das estações. No versículo 14, começa, de fato, a contagem do tempo, pois os luminares surgidos no firmamento celeste, Sol e Lua, fazem a diferença entre o dia e a noite” (LBM, p. 13, CPAD. 1995).
Deus criou o sistema solar para funcionar perfeitamente, conforme Deus declarou através do profeta Jeremias: “Assim diz o Senhor, que dá o sol para a luz do dia e as leis fixas à luz e às estrelas para a luz da noite, que agita o mar e faz bramir as suas ondas; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 31:35).
VIII. A CRIAÇÃO DO REINO ANIMAL (Gn 1:20-26)
– “E disse Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus. E Deus criou as grandes baleias, e todo réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies, e toda ave de asas conforme a sua espécie. E viu Deus que era bom. E Deus os abençoou, dizendo: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei as águas nos mares; e as aves se multipliquem na terra. E foi a tarde e a manhã: o dia quinto” (1:20-23).
– “E disse Deus: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis, e bestas-feras da terra conforme a sua espécie. E assim foi. E fez Deus as bestas-feras da terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil da terra conforme a sua espécie. E viu Deus que era bom. E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança…” (1:24-26).
Somente depois de o ambiente natural estar devidamente preparado é que Deus criou, no quinto e sexto dias, os animais aquáticos e terrestres. O criador agiu de forma sábia, lógica, em seus desígnios.
  1. Quinto dia (Gn 1:20-23). No quinto dia, Deus povoou as águas com peixes; e a Terra, com aves e insetos. A palavra traduzida por “aves” significa “seres que voam”, incluindo morcegos e provavelmente insetos alados. A ordem divina no versículo 20 é: “Produzam as águas abundantemente…”. A água não tem o poder de geração espontânea. Ela produz vida somente por meio da palavra eficaz de Deus.
  1. Sexto dia (Gn 1:24-26). Nos versículos 24 a 25, Deus criou os animais e répteis. A lei biológica da reprodução aparece repetidamente com as palavras “conforme a sua espécie”. Tanto no mundo animal como vegetal, foram feitos de acordo com o seu gênero e espécie e com a capacidade de reproduzir-se por gerações sem fim. Deste modo, podemos testemunhar que as diferentes famílias de animais e plantas conservam-se, desde sua criação até o dia de hoje.
O versículo 26 diz que Deus criou o homem. Ele é a obra-prima da criação; a coroa da criação. Quando Deus disse: “Façamos o homem”, Ele desejava criar um ser distinto de todas as demais criaturas terrestres; alguém que tivesse personalidade, vontade, sentimento, e fosse capaz de representá-lo sobre a Terra. Por esta razão, Ele criou o homem “à sua imagem e semelhança”. De certa forma, o homem partilha características semelhantes com o Senhor: Deus é uma Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), e o homem é um ser tripartite (corpo, alma e espírito). Como Deus, o homem possui intelecto, juízo moral, poder de se comunicar com os outros e uma natureza emocional que transcende seus instintos. Não há indicação de semelhança física no texto. Ao contrário dos animais, o homem é um ser criador e adorador, e se comunica com clareza.
Deus ordenou aos animais e aos seres humanos: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra…” (1:22,28). A Bíblia apresenta a origem dos sexos como um ato criativo de Deus (a teoria da evolução até agora não conseguiu explicar como surgiu os sexos).
Quanto à criação, Deus disse ao homem: sujeitai-a; dominai; porém não mandou que fosse destruída. A crise atual que afeta o meio ambiente se deve à ganância, ao egoísmo e à negligência do ser humano.
CONCLUSÃO
Por sua livre e espontânea vontade, e por seu poder absoluto, Deus chamou o universo à existência, criando-o a partir do nada (Êx 20:11; Sl 33:6,9; 102:25; Is 45:12; Jr 10:12; João 1:3; At 14:15; 17:24; Rm 4:17; Cl 1:15-17; Hb 1:10; 11:3; Ap 4:11). Quando se reconhece o poder absoluto de Deus, é necessário aceitar o seu poder de criar e destruir, como declaram as Escrituras. O crente deve aceitar essas coisas pela fé (Hb 11:3).
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Revista Ensinador Cristão – nº 64. CPAD.
Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento) – William Macdonald.
Guia do Leitor da Bíblia – Lawrence O. Richards
Teologia do Antigo Testamento – ROY B. ZUCK.
Comentário Bíblico Beacon – CPAD.
O Pentateuco. Paul Hoff.
Gênesis. Bruce K. Waltke. Editora Cultura Cristã.
Manuel do Pentateuco. Victor P. Hamilton. CPAD.
História de Israel no Antigo Testamento. Eugene H. Merrill. CPAD.
(1)  Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD,1991, p.31).
(2) Bíblia de Estudo PALAVRA CHAVE –Hebraico e Grego.
(3) Bíblia de Estudo PALAVRA CHAVE –Hebraico e Grego.



Fonte: Luciano de Paula Lourenço – Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com