"Organização social na escola"... o que é isso???

Esses dias, conversando com um colega, ele me falou que estava muito preocupado com as OS´s nas escolas. Perguntei para ele o que ele sabia a respeito... Ele me disse que nada.... Bom! Creio que ele não está sozinho nessa falta de conhecimento sobre o fato, sabendo versões de lados opostos somente (não estou dizendo que uma dessas versões esteja errada)... Mas vamos saber um pouco desse negócio!
Boa leitura!
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Questão de fundo


Escolas charter começam a ganhar adeptos no Brasil, mas trazem de volta a discussão sobre o papel do Estado. Efetividade não está comprovada 

 A origem

 
As charter schools surgiram no início da década de 90, nos Estados Unidos, onde a cultura comunitária e associacionista favoreceu o modelo. A partir de um início ligado aos movimentos negros, a proposta se expandiu. Em 2006, havia 4 mil escolas desse tipo nos Estados Unidos, atendendo a 1 milhão de alunos.

Geralmente, são geridas por entidades privadas e financiadas pelo sistema público, cujo funcionamento é autorizado a partir da apresentação de um projeto educativo (pedagógico e financeiro-administrativo). Os pais podem matricular livre e gratuitamente seus filhos nesse sistema, independentemente do lugar de moradia - o que causa o excesso de demanda e sistemas de escolha baseados em sorteio.

Para uma das principais defensoras brasileiras desse modelo, a consultora Guiomar Namo de Mello, a experiência norte-americana mostra que acabar com a defasagem de aprendizagem das populações pobres é um processo caro e necessita de condições que os sistemas públicos, lentos e ineficazes, não conseguem atender. "Aqui temos, entre outros, o problema do desamparo do professor que lida com crianças pobres", diz. "Estou convencida de que assassinamos gerações e gerações, porque a instituição funciona contra o aluno", completa. Para a educadora, o debate deve ser feito sem ideologizações e de forma pragmática. "Precisamos antes deixar essa planta crescer para ver que fruto dará, se será doce ou amargo. Como está é que não pode ficar", diz.

A ex-secretária da Educação de São Paulo Rose Neubauer aponta outro aspecto que vem sendo lembrado - a ampliação das possibilidades de participação da comunidade. Segundo um estudo que a pesquisadora apresentou no seminário do Centro Ruth Cardoso, as iniciativas de democratização do acesso à educação na América Latina estancaram, entre outros motivos, porque as famílias pouco ou nada podem influir na organização escolar. Nas charter schools , as associações de pais ganham um poder ampliado, inclusive para destituir a direção, quando estão insatisfeitas com os resultados. Nos Estados Unidos, o The New York Times noticiou, em dezembro, o caso de uma comunidade em Compton, na Califórnia, que pressionou as autoridades com abaixo-assinados e manifestações até conseguir transformar a escola pública local em charter.

Mas, independentemente das questões de financiamento e de democratização, o pressuposto central que alimenta a discussão nos Estados Unidos, como aqui, é o de que as escolas, uma vez livres da mão pesada do Estado, oferecem melhor qualidade de ensino para populações marginalizadas e acabam por estimular melhores resultados em todo o sistema educacional público.

O problema é que nem sempre isso é verdade. Um artigo publicado pelo economista Naércio de Menezes cita estudos comparativos feitos nas escolas norte-americanas, a partir do diagnóstico feito em 2006 pela principal avaliação nacional - que mostrou que os alunos das charters tinham desempenho inferior ao dos alunos das escolas públicas.

 continue lendo aqui!

 

Experiência americana de administração de escolas por OSs, lá chamadas de “charter schools”, é sucesso, beneficia os pobres e incomoda os sindicatos de professores  

 

 PRIVATIZAÇÃO DA ESCOLA PÚBLICA - "Escola charter" 

 

Estado deve implantar OSs na área da Educação aos moldes das charter schools americanas 

 

Ilusão?? 

 

Escolha sem equidade: a segregação das charters 

 

“Charters Schools”, ou quando a esmola é demais…. 

 

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