Cuidado: o narguilé é tão ou mais prejudicial do que o cigarro


Narguilé

Utensílio de decoração originário da Índia, foi levado para o Irã e Turquia. Nesses países existe uma grande cultura do uso dessa substância em rodas de conversas e encontros sociais.

Também chamado de hookah, cachimbo d’àgua, narguile, goza, narkeela, hubble bubble, shisha, nargile e arghile, está se disseminando pelos países das Américas, principalmente entre os jovens que, na sua grande maioria, fazem uso dos cachimbos d’água sem ter noção dos riscos aos quais estão se expondo.

Contém monóxido de carbono, nicotina e o alcatrão que, ao ser queimado, libera metais pesados, como arsênico, chumbo, cobalto e cromo - uma boa rodada de um único narguilé equivale ao consumo de 1 maço de cigarro. 
Sua utilização começa com o tabaco adoçado com uma espécie de cola tipo melaço, com sabores de diversas frutas sendo colocado em um reservatório e depois queimado com um carvão especial. Na garrafa do narguilé coloca-se água que resfria a fumaça, dando início à liberação do aroma característico do tabaco que foi escolhido. Essa fumaça é aspirada através de uma mangueira e cachimbada pelos vários integrantes da roda
Alguns adolescentes acreditam, equivocadamente, que a fumaça do tabaco, ao passar pela água, se torna inócua para o organismo. 
Outro grande risco associado ao consumo do narguilé é que as piteiras conectadas às mangueiras por onde a fumaça é aspirada, passam de boca em boca, facilitando a transmissão de doenças infecto-contagiosas como o herpes labial, a hepatite e a tuberculose. Os riscos não são diminuídos mesmo quando os estabelecimentos oferecem piteiras descartáveis, pois a mangueira não passou por um processo de esterilização. 
O uso de filtros absorventes de nicotina também não diminui os riscos da inalação dos gases tóxicos e dos metais pesados. Em função desses fatos, a Organização Mundial de Saúde vem sinalizando a inclusão do narguilé na lista de produtos derivados do tabaco que necessitam de controle.

Fontes
  • Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer-INCA. Coordenação de Prevenção e Vigilância (CONPREV).
  • Globalink – Global Tobacco Control – Goswami, H. Report/Complaint Regarding Actions Affecting And Endangering Human Lives And Causing Injury. Burning Brain Society, India.

2 comentários:

Prof. Francis disse...

No Brasil, por exigência legal, Resolução da ANVISA nº 46, de 23 de março de 2001, artigo 1º, determinou-se a obrigatoriedade do estabelecimento de teores máximos permitidos de nicotina, alcatrão e monóxido de carbono. Além dessas 3 substâncias conhecidas, existem outras 4.720 que são tóxicas ao organismo.

Nessa mesma resolução ficou proibido de ser usado nos maços de cigarros, definições de classes, ou termos como: ultra baixo(s) teor(es), baixo(s) teor(es), suave, light, soft, leve, teor(es) moderado(s), alto(s) teor(es), e outras que possam induzir o consumidor a uma interpretação equivocada quanto aos teores contidos nos cigarros. Essa medida visou proteger os fumantes, pois induziam à falsa impressão de serem menos prejudiciais à saúde.

Anônimo disse...

Mais o norguilê, é permitido no Brasil?