As nanopartículas são capazes de destruir a camada protetora do vírus da AIDS e podem ser usadas em uma injeção ou em um gel


Nanopartículas carregadas com veneno de abelha matam HIV

As nanopartículas são capazes de destruir a camada protetora do vírus da AIDS e podem ser usadas em uma injeção ou em um gel
Editora Globo
Um close no vírus da AIDS // Crédito: Shutterstock
De acordo com pesquisadores da Universidade de Washington em St. Louis, uma toxina presente no veneno de abelha pode destruir o vírus da AIDS em organismos humanos, deixando as células saudáveis do paciente sem nenhum dano. A aplicação imediata da descoberta poderia ser um gel protetor que, ao ser usado nos genitais, impediria a transmissão da doença.
A toxina 'milagrosa' é chamada de melitina - ela é capaz de danificar o envelope de proteção que cerca o HIV e outros vírus. Normalmente, a melitina pode ser danosa ao organismo mas, ao serem inseridas em nanopartículas, elas não são capazes de danificar células normais. Quando as nanopartículas entram em contato com as células saudáveis, que são bem maiores do que o vírus, a liberação da toxina não é ativada. Já o HIV fica preso na nanopartícula quando há o contato, recebendo a melitina.
Segundo os cientistas, o vírus da AIDS também não pode se 'adaptar' ao ataque, se tornando resistente a ele.
Além do gel genital, pesquisadores esperam que a terapia com metilina possa ser aplicada em pacientes soropositivos, especialmente os mais resistentes a remédios. As nanopartículas seriam injetadas através de uma injeção no sangue e, em teoria, seriam capazes de 'limpar' a infecção viajando pela corrente sanguínea.
Por enquanto os testes foram feitos em células cultivadas em laboratório. No entanto, segundo os cientistas, as nanopartículas podem ser produzidas em maior número para serem usadas em testes clínicos. 

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