Nossa esperança

 

"O Evangelho primeiro fere e, em seguida, cura; primeiro arranca, depois replanta; primeiro crucifica e, depois ressuscita."  

– Steven Lawson


Essa citação nos coloca diante de um paradoxo fundamental da fé cristã. A graça de Deus, antes de nos curar, nos confronta com nossa própria fragilidade, arrancando o que está enraizado em falsos alicerces. Como a semente que precisa morrer para brotar, nossa fé também atravessa momentos de "crucificação" para que possamos experimentar a verdadeira ressurreição em Cristo.


Partindo desse princípio, podemos afirmar que, enquanto seres humanos, frequentemente resistimos a esse processo doloroso. Preferimos nos apoiar em figuras que julgamos inabaláveis, buscando segurança em líderes religiosos, pastores e mentores. No entanto, a história da Igreja — desde os apóstolos até os grandes reformadores — nos mostra que esses líderes também são falhos. Eles enfrentaram desafios, cometeram erros, e em sua fraqueza, nos revelam uma verdade essencial: é na nossa fragilidade que a graça de Deus brilha mais forte. O Evangelho nos ensina que a força de Deus se aperfeiçoa em nossa fraqueza (2 Coríntios 12:9), e que a verdadeira glória está em depender completamente dEle.


A decepção com aqueles a quem admiramos pode gerar sentimentos de raiva, tristeza e até desilusão. Quantas vezes já questionamos nossa fé ao ver líderes falhando? É nesse momento de dor e vulnerabilidade que muitas vezes somos tentados a nos afastar. Mas é justamente nesses momentos que a graça divina se manifesta de maneira mais poderosa. Ao nos sentirmos desamparados e perdidos, somos lembrados de que nossa esperança não deve estar em homens, mas em Deus. A fé autêntica não se fundamenta nas falhas ou sucessos humanos, mas em um relacionamento pessoal e vivo com Cristo. O Senhor nos convida a olhar além das imperfeições dos outros e nos agarrar à Sua perfeição.


Partindo dessa realidade, somos desafiados a reconhecer que não existem grandes homens ou mulheres de Deus — apenas homens e mulheres profundamente dependentes da Graça e da Misericórdia divinas. Toda a grandeza está em Deus. O que vemos de especial nas pessoas é obra dEle, e não delas. O próprio apóstolo Paulo nos lembra: "Somos vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não nossa" (2 Coríntios 4:7).


A Bíblia nos alerta repetidamente sobre confiar em seres humanos. A história está cheia de exemplos de grandes líderes que, após períodos de glória, caíram vergonhosamente. As Escrituras são claras: "Maldito o homem que confia no homem" (Jeremias 17:5). Cada vez que nos decepcionamos com alguém, somos forçados a aprender essa lição de forma dolorosa, mas necessária. Essas decepções nos ensinam a perdoar, nos fazem mais fortes — não com uma força implacável, mas com cicatrizes que nos lembram da nossa fragilidade e da misericórdia de Deus.


Diante dessas verdades, somos convidados a cultivar uma fé mais madura, reconhecendo nossa total dependência de Deus. Que possamos derrubar cada ídolo que construímos, não apenas em nossas expectativas sobre os outros, mas também sobre nós mesmos. Que todos os ídolos caiam com o pôr do sol de nossa vida, porque todos têm pés de barro, e só o Senhor permanece inabalável. 


Diante dessa realidade, somos chamados a refletir sobre nossa própria jornada. A quem temos confiado nossa esperança? Será que estamos buscando perfeição nos outros ou até em nós mesmos? Que possamos abandonar essa ilusão e buscar uma fé verdadeira, firmada unicamente em Deus. Ao invés de esperarmos que outros sejam impecáveis, que nos entreguemos à graça santificadora do Espírito Santo, que nos transforma dia após dia. A caminhada cristã não é sobre homens e mulheres perfeitos, mas sobre um Deus perfeito que opera em nós Sua vontade.


Professor Francis Emerson Santos, feliz em depender diariamente da Graça e Misericórdia do Senhor!

7 de setembro de 2024.

Crês tu no Filho do Homem?

 **"Crês tu no Filho do Homem?"**


Ele respondeu: **"Quem é, Senhor, para que eu nele creia?"**

— João 9:35-36


Jesus se aproxima daqueles que, por si só, não conseguem encontrá-Lo. Ele busca os que O procuram, mesmo sem sucesso. A história do cego de nascença revela essa verdade, pois ele também estava à procura de Jesus sem saber exatamente quem Ele era. Sua pergunta sincera — **"Quem é, Senhor, para que eu nele creia?"** — mostra o desejo de conhecer a verdade.


Se você ainda está buscando Jesus e não O encontrou, lembre-se da promessa de Jesus: **"...o que busca, encontra"** (Mateus 7:8). Somente Ele pode abrir nossos olhos espirituais, permitindo que vejamos com clareza. A fé vai além do entendimento intelectual; é uma confiança profunda que transforma quem somos.


O discipulado não é apenas um conceito espiritual, mas algo que molda nosso dia a dia. Seguir a Cristo envolve renúncia — renunciar ao egoísmo, à autossuficiência e à vida voltada apenas para nossos próprios desejos. Isso se reflete nas decisões que tomamos, nas nossas relações pessoais, no trabalho, e até mesmo nos hobbies. Depender de Deus em todas as áreas da vida significa entregar nossos medos e incertezas a Ele, sabendo que Ele cuida de nós. A comunidade cristã também desempenha um papel vital, pois é no meio da comunhão que crescemos juntos, encorajados e corrigidos no caminho do discipulado.


Muitas vezes, as pessoas enfrentam dúvidas e objeções ao considerar seguir a Jesus. Pode parecer difícil demais, ou talvez você sinta que não é "bom o suficiente" para ser discípulo de Cristo. No entanto, a Bíblia nos lembra: **"...o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza"** (2 Coríntios 12:9). Não se trata de nossa capacidade, mas da força de Deus em nós. Talvez você pense que é impossível deixar tudo para trás e seguir a Cristo, mas Jesus disse: **"Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á"** (Mateus 16:25). Ele nos promete que, ao entregarmos a Ele o controle de nossa vida, receberemos algo infinitamente maior.


A história de Pedro, que negou Jesus três vezes, ilustra o perigo de não seguir a Cristo com fidelidade. Porém, após Sua ressurreição, Jesus não apenas perdoou Pedro, mas o restaurou, confiando-lhe a missão de pastorear Seu povo. Isso nos mostra que, mesmo quando falhamos, há redenção e renovação em Cristo. A jornada do discipulado é marcada por altos e baixos, mas o amor de Deus permanece constante, disposto a nos restaurar sempre.


A cura do cego de nascença demonstra o imenso amor de Deus. Ao curá-lo, Jesus não apenas restaurou sua visão física, mas o convidou a uma vida nova e transformada. Assim como ele, somos chamados a crer em Jesus, sabendo que essa fé tem o poder de nos libertar das trevas. Quando Jesus tocou seus olhos e o enviou ao tanque de Siloé, **"ele foi, lavou-se e voltou vendo"** (João 9:7). Isso simboliza a transformação completa que Cristo oferece — cura do corpo e da alma.


Assim como o cego de nascença, somos convidados a reconhecer nossa cegueira espiritual causada pelo pecado e a permitir que Jesus nos cure completamente. Ele nos chama a uma vida de verdadeira comunhão com Ele, onde a fé não é apenas algo que conhecemos, mas uma realidade que vivemos diariamente.


Que a paz de Cristo, que excede todo o entendimento, guarde os seus corações e mentes em Cristo Jesus. Que a esperança do Senhor seja o seu farol em meio às tempestades da vida. Em Cristo,


Professor Francis Emerson Santos

6 de setembro de 2024.

Crês tu no Filho do Homem?

 *"Crês tu no Filho do Homem?"*  


Ele respondeu: *"Quem é, Senhor, para que eu nele creia?"*  

— João 9:35-36


Jesus vem ao encontro daqueles que, por si mesmos, não conseguem encontrá-Lo. Ele se revela a quem O busca, mesmo que ainda não O tenha encontrado. Vemos isso na história do cego de nascença, cuja procura pelo Filho de Deus é revelada em sua pergunta sincera: *"Quem é, Senhor, para que eu nele creia?"*.


Assim como aquele homem, você também pode estar buscando a Jesus, mas ainda não experimentou Seu poder transformador. Se esse é o seu caso, ouça a promessa das Escrituras: *"...o que busca, encontra"* (Mateus 7:8). Só Jesus pode abrir os olhos do coração e trazer a verdadeira luz.


A cura do cego de nascença nos revela a profundidade do amor de Deus. Ao abrir os olhos daquele homem, Jesus não apenas restaurou sua visão física, mas o convidou a uma nova vida em comunhão com Ele. O que começou com a restauração dos olhos terminou com a transformação de sua alma. A fé do cego, ao reconhecer Jesus como o Filho de Deus, foi a chave para sua transformação. Assim como ele, somos chamados a crer em Jesus e a experimentar a libertação que Ele oferece. A fé não é meramente um conhecimento intelectual, mas uma confiança profunda em Deus, que nos conduz a uma vida verdadeiramente transformada.


Quando o cego encontrou Jesus, algo mais profundo do que sua cegueira física foi revelado. O Senhor tocou seus olhos com lodo e o enviou ao tanque de Siloé. *"Ele foi, lavou-se e voltou vendo"* (João 9:7). Aqui, a cura física se entrelaça com uma verdade espiritual mais profunda: a impureza do pecado nos mantém na cegueira interior. 


Somente Ele pode remover a cegueira e nos trazer à luz de uma vida transformada e em comunhão com Deus.


Que a história do cego de nascença nos inspire a buscar a Jesus com todo o nosso coração e a permitir que Ele transforme nossas vidas. Que a luz de Cristo ilumine nossos caminhos e nos guie para uma vida plena e abundante.


Professor Francis Emerson Santos

5 de setembro de 2024.

De Volta à Esperança: Encontrando Jesus em Meio aos Fracassos

 De Volta à Esperança: Encontrando Jesus em Meio aos Fracassos


*Já se sentiu perdido em um mar de dúvidas e fracassos?* Pedro, um dos discípulos mais próximos de Jesus, sabe bem como é essa sensação. Após negar seu Mestre três vezes (João 18:15-27), ele foi consumido pela vergonha e culpa. Sentindo-se indigno e incapaz de seguir em frente, voltou à sua antiga vida de pescador. Mas Jesus, em Sua infinita misericórdia, não o deixou à deriva (João 21:1-14).


Em uma noite fria, enquanto Pedro e os outros discípulos lutavam para pescar, Jesus apareceu e os surpreendeu com uma pesca abundante. Esse momento transformou a vida de Pedro, restaurando sua fé e o chamando para um novo propósito: " Apascenta as minhas ovelhas" (João 21:17 ).


A pesca, na vida de Pedro, simbolizava muito mais do que apenas capturar peixes. Era uma metáfora para a busca por algo que preenchesse o vazio em seu coração. Assim como Pedro, todos nós estamos em busca de algo: amor, paz, felicidade. Mas, muitas vezes, nos afogamos em nossas próprias expectativas e esquecemos de olhar para Aquele que pode nos dar tudo o que realmente precisamos: "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso" (Mateus 11:28).


*O que você tem buscado com todas as suas forças?* O que te impede de largar as redes que te prendem e seguir a Jesus? Talvez seja o medo do fracasso, a insegurança, ou a dúvida sobre o seu valor. Mas lembre-se: "Onde o pecado abundou, superabundou a graça" (Romanos 5:20). O amor de Deus é maior que qualquer erro ou falha.


*"Senhor, tu sabes todas as coisas; tu sabes que eu te amo."* Essas palavras de Pedro (João 21:17) podem ser as nossas também. Mesmo em nossos momentos mais fracos, podemos confiar que o amor de Deus nos envolve e nos guia em cada passo: " Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo" (Salmos 23:4).


Que a paz de Cristo, que excede todo o entendimento, guarde os seus corações e mentes em Cristo Jesus. Que a esperança do Senhor seja o seu farol em meio às tempestades da vida. Em Cristo,


Professor Francis Emerson Santos

4 de setembro de 2024.


*Referências:*

1. João 18:15-27 – A negação de Pedro.

2. João 21:1-14 – Jesus aparece a Pedro e os discípulos após a ressurreição.

3. João 21:17 – Jesus restaura Pedro e o chama para apascentar Suas ovelhas.

4. Mateus 11:28 – O convite de Jesus para aqueles que estão cansados.

5. Romanos 5:20 – A superabundância da graça de Deus sobre o pecado.

6. Salmos 23:4 – A confiança no cuidado e proteção de Deus.

A Madeira e a Cruz: Juízo e Graça

 *A Madeira e a Cruz: Juízo e Graça*


Você já se sentiu afogando em seus próprios erros e pecados? Como se estivesse afundando em águas profundas e escuras, sem esperança de salvação? Essa sensação de estar perdido, sem saber para onde ir, é uma experiência comum em nossa caminhada humana. A Bíblia nos traz uma história curiosa e poderosa que reflete essa realidade: a história do profeta Eliseu e da ferramenta perdida no rio, resgatada pela flutuação inesperada por meio de uma madeira (2 Reis 6:1-7).


*A Madeira como Tipo de Cristo*


Na teologia bíblica, um "tipo" é um símbolo ou sombra de uma realidade futura, muitas vezes relacionada a Cristo. A madeira que fez o ferro do machado flutuar é uma imagem cheia de significado.


Como poderia a madeira, algo comum e sem vida, desafiar as leis da natureza e fazer flutuar o metal tão precioso naquela época? Assim como essa ferramenta, a humanidade está condenada ao pecado e à morte, afundando cada vez mais em sua condição caída. Mas a cruz de Cristo, feita de madeira, se tornou o símbolo de nossa redenção. Em Romanos 5:8, Paulo nos lembra: "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores." Cristo venceu o pecado e a morte, oferecendo a salvação àqueles que nEle creem (Romanos 6:23, Hebreus 9:28).


*A Madeira como Instrumento de Juízo e Salvação*


A cruz de Cristo, feita de madeira, é um paradoxo: instrumento de julgamento e de salvação, símbolo de fraqueza e de poder. A madeira, que na natureza está sujeita à decomposição, tornou-se o veículo através do qual a vida eterna foi restaurada. A cruz nos revela a justiça de Deus, que exige o pagamento do pecado, e ao mesmo tempo, a infinita graça de Deus, que nos oferece a possibilidade de reconciliação. É na cruz que a Lei, com suas exigências impossíveis, encontra seu fim, e a graça de Deus se manifesta em toda a sua plenitude.


*A Árvore da Vida e a Madeira que Flutuou*


A madeira que flutuou no rio também nos remete à Árvore da Vida no Jardim do Éden, que simbolizava a vida eterna e a comunhão perfeita com Deus. Assim como a Árvore da Vida estava no centro do Jardim, a cruz está no centro da história da redenção. Ambos são símbolos do poder de Deus para trazer vida a partir da morte e restaurar aquilo que foi perdido.


*O Afogamento da Humanidade*


A condição humana é descrita de forma poética e vívida em toda a Escritura. Somos como aqueles que se afogam em um mar de pecados, perdidos em nossas próprias escolhas erradas e incapazes de nos salvar. Agostinho, em suas Confissões, descreve a profundidade do pecado como um peso que nos arrasta para baixo, longe da luz de Deus. Lutero, em sua obra A Liberdade de um Cristão, ressalta a incapacidade humana de alcançar a justiça por si mesma, apontando para a necessidade de um Salvador.


*O Resgate por Meio de Cristo*


Mas Cristo, em sua obra redentora, nos resgatou. A cruz, feita de madeira, é o instrumento através do qual Ele nos mostrou o plano da salvação. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16). Assim como a madeira flutuou o metal, desafiando as "lei natural das coisas", Cristo, através de sua morte e ressurreição, venceu a morte, oferecendo-nos a tábua de salvação. Em 1 Pedro 2:24, lemos que "Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas feridas vocês foram curados."


*Conclusão*


A madeira que flutuou, a cruz de Cristo, e a Árvore da Vida são símbolos que nos apontam para a obra redentora de Deus. Ao contemplarmos esses símbolos, somos convidados a reconhecer nossa necessidade de um Salvador e a experimentar a transformadora graça de Deus. Que a esperança que encontramos em Cristo nos guie em nossa jornada, e que a cruz seja sempre o centro de nossa fé. Afogados em nossos pecados, encontramos em Cristo a tábua de salvação, a esperança que não afunda. "Deus é nossa esperança viva", nos lembra Calvino em suas Institutas da Religião Cristã. Em Cristo, temos a certeza de que não estamos perdidos, mas resgatados, e que em Sua cruz encontramos a vida que jamais afundará.


Ao concluirmos este estudo sobre a madeira, a cruz e a graça de Deus, somos lembrados da profundidade do amor divino e da nossa completa dependência de Cristo. Que a graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus Pai, e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vocês. Amém.


Professor Francis Emerson Santos

3 de setembro de 2024.

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*Referências:*


- Agostinho, Confissões

- Martin Lutero, A Liberdade de um Cristão

- João Calvino, Institutas da Religião Cristã

- Romanos 5:8, 6:23, Hebreus 9:28, João 3:16, 1 Pedro 2:24

Estamos aqui para Frutificar e Servir

 *Estamos aqui para Frutificar e Servir*


Jesus veio ao mundo com um único propósito: *“Fazer a vontade do Pai”* (João 6:38). Sua missão era clara e direta: *“Pois não vim para ser servido, mas para servir, e dar a minha vida em resgate por muitos”* (Mateus 20:28). Como seguidores de Cristo, somos chamados a fazer o mesmo, refletindo Sua imagem em tudo o que fazemos.


Você já se perguntou qual é o verdadeiro propósito da sua vida? Assim como um galho não pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira, assim também nós, se não permanecermos em Cristo, não podemos frutificar. *Somos ramos conectados à videira verdadeira*, e é através dEle que produzimos frutos de amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gálatas 5:22-23). A cada dia, somos convidados a morrer para nós mesmos e viver para Cristo.


*“Pelos seus frutos os conhecereis”* (Mateus 7:16). Não é pelo tamanho das nossas igrejas ou pela quantidade de pessoas em nossos templos. É pela transformação do nosso coração e vida, que reflete a imagem de Jesus. Não se trata apenas de ir à igreja ou fazer boas obras; trata-se de ser verdadeiramente renovado por Ele.


Somos o corpo de Cristo, e cada membro é importante para o todo. *Aquele que começou boa obra em vocês a aperfeiçoará até o dia de Jesus Cristo* (Filipenses 1:6). Juntos, podemos fazer a diferença no mundo, levando as boas novas de Jesus a todos os povos. Vamos, como igreja, cumprir a Grande Comissão e levar as boas novas a todo o mundo, sabendo que nunca fomos deixados sozinhos; temos o Espírito Santo, nosso fiel COMPANHEIRO, guiando-nos para fazer a vontade do Pai.


Professor Francis Emerson Santos, um agradecido filho da Graça!

2 de setembro de 2024.


*Referências:*


1. João 6:38

2. Mateus 20:28

3. Gálatas 5:22-23

4. Mateus 7:16

5. Filipenses 1:6

Somos a Bíblia que o mundo lê

 A Bíblia Sagrada é o coração da nossa fé, o farol que ilumina nosso caminho, a bússola que orienta cada passo que damos . Cremos, sem sombra de dúvida, na inspiração divina verbal e plenária das Escrituras, como declarado em 2 Timóteo 3:16-17: "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra." [1]


A Bíblia não é apenas um livro; é a Palavra viva de Deus, a nossa regra infalível de fé e prática. Mas aqui está o segredo: não é nosso papel impor seus princípios aos outros. Como disse o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 9:22, "fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns." [2] É através do nosso exemplo, da nossa conduta, que a verdadeira essência da Palavra de Deus é revelada ao mundo.


Somos chamados a ser a Bíblia viva que a sociedade lê diariamente . Nossas ações, nossa maneira de viver, são a primeira leitura que farão de nós. Jesus nos lembra em Mateus 5:16: "Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus." [3]


Não adianta tentar impor a Palavra à força. O profeta Zacarias ecoa essa verdade em Zacarias 4:6: "Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos." [4] O impacto real acontece quando, em silêncio, vivemos o Evangelho em cada gesto, em cada palavra, em cada escolha.


Nosso viver deve ser um testemunho constante da presença do Emanuel, 'Deus conosco' . Como Martinho Lutero afirmou, "a verdadeira fé não pode ficar ociosa. Sempre que se tem a verdadeira fé, ela opera, vive e age."[5] Nossa fé em ação é o que atrai os olhares curiosos, as perguntas sinceras, e então, apresentamos a Palavra de Deus, não como uma imposição, mas como uma resposta àquele que busca.


Portanto, vivamos aqui não como se estivéssemos abandonados, mas como aqueles que caminham com o próprio Deus. Ele é o nosso companheiro constante, e nossa vida, refletindo Sua glória, será a maior pregação que poderemos fazer. "O Senhor é meu pastor; nada me faltará" (Salmo 23:1).[6] Que esta seja a verdade que transborda de nossos corações para o mundo.


Lembro-me, com humildade, de que sou pequeno e totalmente dependente da graça e da misericórdia do Senhor, que se renovam a cada manhã. Que essa mesma graça nos sustente e nos guie em cada passo que dermos, até que vejamos face a face aquele que é nosso Emanuel. Amém.



Professor Francis Emerson Santos

1 de setembro de 2024.



### Referências :


[1]: *A Bíblia Sagrada*. Tradução de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993. (2 Timóteo 3:16-17).

[2]: *A Bíblia Sagrada*. Tradução de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993. (1 Coríntios 9:22).

[3]: *A Bíblia Sagrada*. Tradução de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993. (Mateus 5:16).

[4]: *A Bíblia Sagrada*. Tradução de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993. (Zacarias 4:6).

[5]: *LUTERO, Martinho. *Liberdade do Cristão. São Leopoldo: Sinodal, 2000.

[6]: *A Bíblia Sagrada*. Tradução de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993. (Salmo 23:1).

O sinal

 No livro de Atos, capítulo 10, encontramos Pedro em um momento singular na casa de Cornélio, um homem piedoso, cujas orações e esmolas estavam "na memória diante de Deus" . Ao chegarem, Cornélio e sua família, seguindo os costumes da sua religiosidade, ajoelharam-se para adorar Pedro. Mas Pedro, agora liberto da religiosidade humana pelo andar com Jesus Cristo, os impediu prontamente. Este gesto de Pedro marcou profundamente aquele encontro.


Logo, Pedro compartilhou com eles o propósito e a vida de Cristo. E esses homens, que não pertenciam "à circuncisão" (os judeus), receberam a Palavra com alegria e foram batizados com o Espírito Santo. O sinal disso foi evidente, pois "todos ouviram eles falarem em línguas" (Atos 10:44-46) .


Essa passagem me faz lembrar, todos os dias, da grandeza da graça que nos alcançou. Não sou mais visto como um "gentio", mas como filho. E isso transforma tudo! Minhas ambições pessoais são colocadas em seu devido lugar, porque o que realmente importa é a vontade de Deus, não a minha.


Aprendo que é o Senhor quem me move, e não o contrário. Por isso, devo me render à Sua vontade, reconhecendo que, como aqueles que foram alcançados pela bondade e misericórdia, não somos nós que determinamos ou comandamos. Somos aqueles que agradecem, louvam, e têm o privilégio de "falar em línguas" (1 Coríntios 14:39).


Nunca podemos nos esquecer disso! Os manjares deste mundo, as tentações e os pratos de lentilhas que ele oferece, não podem ter poder sobre aqueles que receberam o derramar do Espírito Santo. Como Leonard Ravenhill disse: "O mundo não é um campo de brincadeiras, mas um campo de batalha." Devemos sempre nos render à soberania daquele que é o único Senhor de nossas vidas.


Por fim, como Paulo nos lembra em Filipenses 3:8, tudo o mais é considerado perda "por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor." E é com esse espírito que sigo em minha caminhada, reconhecendo que sou o menor no Reino e que minha vida depende exclusivamente da misericórdia de Deus.


Que a paz de Cristo, que excede todo entendimento, guarde nossos corações e mentes, em Cristo Jesus (Filipenses 4:7).


Professor Francis Emerson Santos

30 de agosto de 2024.

Um alerta urgente

 *Um Alerta Urgente*


Por muito tempo, nossa igreja tem alertado os crentes sobre o perigo iminente que é a teologia da prosperidade. Esta doutrina perversa, que tenta corromper a verdadeira fé com promessas de riquezas terrenas e bênçãos materiais, é uma afronta direta à Palavra de Deus . Hoje, mais do que nunca, precisamos estar vigilantes, pois essa teologia tem se camuflado de muitas formas e sutilmente se infiltrado em nosso meio . A teologia da prosperidade, na verdade, é uma tentativa estúpida e sem respaldo bíblico de barganhar com Deus, desvirtuando a essência do Evangelho.


Jesus nos adverte claramente em Mateus 6:19-21: "Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração." Não somos chamados para buscar o conforto deste mundo, mas para sermos peregrinos em uma terra que não é nossa . Nosso verdadeiro Reino não é aqui.


Infelizmente, o movimento pentecostal, composto em grande parte por pessoas de classes sociais mais vulneráveis, tem sido um alvo fácil para essa teologia doentia e demoníaca. Nossa fé, baseada na experiência do Espírito Santo e no fervor espiritual, às vezes pode abrir espaço para a infiltração de falsos ensinos. Mas a receita para nos mantermos imunes a essa doença espiritual é clara: precisamos nos dedicar à Palavra de Deus com ainda mais afinco.


O grande avivalista pentecostal Leonard Ravenhill afirmou: "Um homem que está íntimo de Deus não está intimidado pelos homens." Isso nos lembra que nossa força não está nas riquezas ou no poder terreno, mas na nossa proximidade com Deus. E, contrariamente ao que alguns podem pensar, o estudo profundo da Palavra de Deus não nos tornará cristãos "frios" ou distantes. Pelo contrário, fortalecerá nossa fé e nos equipará para resistir às heresias.


Nossa personalidade, moldada na exigência do estudo profundo das Escrituras, nos capacita a defender a verdade com clareza e firmeza. Não devemos, de forma alguma, almejar os manjares deste mundo. Somos falhos demais para ousarmos nos afastar, mesmo que por um instante, da presença amorosa do Pai.


Como disse o apóstolo Paulo em 1 Timóteo 6:10: "Pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos." Que possamos guardar este ensinamento em nossos corações, resistindo às seduções desta teologia perversa e permanecendo firmes na fé que uma vez foi entregue aos santos.


Que a graça do nosso Senhor Jesus Cristo, o amor imensurável de Deus Pai, e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco, fortalecendo-vos em cada passo do caminho. Rogo que, em minha pequenez, eu nunca me esqueça da infinita Misericórdia que sustenta a minha alma, pois sem a Graça do Senhor, nada sou e nada posso fazer.


Que todos nós continuemos firmes, dependentes da bondade do Altíssimo, até o dia em que nos encontraremos em Sua glória eterna. A Ele seja a honra, a glória e o louvor, agora e para sempre. Amém.


Professor Francis Emerson Santos

26 de agosto de 2024.

Deveríamos ter eleições municipais todos os anos!

 

 Deveríamos ter eleições municipais todos os anos!

Coisas quase mágicas acontecem nessa estação democrática!


A sensibilidade fica à flor da pele.

Os olhos conseguem enxergar as necessidades dos outros.

Os cérebros, de forma fantástica, compreendem a macabra lógica do mercado, e então percebem os trabalhadores como sendo a base de tudo na sociedade.

Deveríamos ter eleições municipais todos os anos!

Aqui no meu município, pessoas criticavam a cobrança feita pelos professores do PISO SALARIAL! Mesmo fora do planeta, conseguiam uma conexão e se punham a criticar, veja vocês, os trabalhadores da educação, por estarem fazendo um movimento para reivindicar o mínimo, o piso; A LEI!

Mas então acontece a mágica!

Os ventos da eleição fazem essas pessoas verem o óbvio... É claro – dizem eles!- O PISO É LEI! Não pagá-lo é descumprir a lei! Descumprir a lei é crime!

Vejam só! O vento da eleição tirou a venda dos olhos! Conseguem ver a necessidade da classe trabalhadora!

Deveríamos ter eleições municipais todos os anos!

As pessoas conseguem sentir melhor os odores também! Eleição é terapêutica! Agora o mau cheiro que exala dos esgotos que vazem, denunciando silenciosamente um descaso e má gestão da coisa pública, podem ser percebidos pelas pessoas!

A audição também é restaurada! Agora o grito dos pobres é ouvido. O clamor dos comerciantes existe mesmo, não é uma fantasia, é real o fato de que eles precisam ser ouvidos como parte da democracia, não só da economia. Podem ouvir o choro dos agricultores, mesmo lá na roça, agora podem ouvir. E percebem que esse barulho de pessoas de todas as áreas que sofrem com uma gestão desastrada, e esse som ecoa nos filhos, nos netos, nas mães, nos pais... Em gente que só é ouvida nas eleições.

Deveríamos ter eleições municipais todos os anos!

O vento eleitoral balança as grandes árvores também. Aquelas árvores que só têm folhas e não produzem frutos.  Misericórdia!

Deveríamos ter eleições municipais todos os anos!

Deveríamos dividir a verba eleitoral em quatro partes e então teríamos quatro eleições onde antes acontecia uma. E tudo isso que é tão bom aconteceria!

Até para o povo, os eleitores, seria pedagógico!

Os eleitores acordariam da letargia do mandato e iriam participar do processo eleitoral com dedicação e empenho!

O povo conseguiria se ver como fundamento e obra da democracia!

Deveríamos ter eleições municipais todos os anos!

Os debates sobre justiça, direito, investimento de verbas públicas, licitações, boa gestão, prioridades e ações preventivas seriam debates diários dentro das casas, nos pátios das empresas, na sombra lá na roça! Onde o povo estiver, debates aconteceriam! A democracia pulsaria viva com e entre o povo!

Deveríamos ter eleições municipais todos os anos!

O Espírito Santo age na igreja, não por causa de nós, mas apesar de nós!

 O Espírito Santo age na igreja, não por causa de nós, mas apesar de nós!

Professor Francis Emerson Santos

Muitas pessoas ficam imaginando que o mover do Espírito Santo é condicionado ao "bom comportamento" dos membros da igreja e seus líderes. Primeiro vamos deixar bem claro que a parte submissa somos nós, e não o Senhor! Ele é soberano e dono das suas ações, que na maioria das vezes não são compreendidas por nós. Algumas Ele até "sussurra" da forma e maneira que bem entender, geralmente surpreendendo a todos, principalmente os ortodoxos religiosos.

Quando supostos "escândalos" surgem respingando ou mesmo mergulhando lideranças da igreja, logo vem o pensamento "infantil" e raso, de que "Deus vai pesar a mão" e a igreja irá sofrer as consequências etc etc. Mas o fato é que o Senhor tem uma visão completamente diferente da nossa quanto aos ditos "escândalos". Pois o que compreendemos como "escândalos" são ações que façam "qualquer um dos pequeninos" tropeçar ou desviar, ou mesmo obstacular os seus  caminhos, a preocupação do Senhor é quanto às almas, não a reputação da igreja diante do mundo. Convenhamos, a igreja nunca irá agradar esse sistema social enquanto for fiel ao evangelho, pois sua palavra é de denúncia flagrante dos pecados e falhas de todos, e a orientação de um caminhoo único para a salvação: Jesus Cristo.

Eu até acho estranho quando vejo um grupo de representantes desse "tempo presente", os políticos, tendo tanta liberdade em frequentar nossas reuniões. Não que sejam proibidos ou que façamos algo para afugentar, pelo contrário, queremos que todos ouçam a Mensagem. Mas esses políticos, num considerálve grupo deles, carregam uma bagagem de ações no seu "trabalho como político" que o Espírito santo faz denúncias na Palavra, muito contundentes e explícitas. Eles são os que deveriam "tremer" ante a possiblidade de ir em um de nossos cultos. Mas se isso não acontece, suponho que nós, como igreja, temos "açucarado" a mensagem, temos trocado a mensagem por uma massagem do ego, do poder e da política. Nossos ideis não são compactuados pela maioria desses "camaradas".

Mas voltando ao assunto: as bênçãos do Senhor são "derramadas", o Espírito Santo é literalmente derramado sobre a Noiva, a Igreja do Senhor, mas a punição quanto a ações que prejudiquem a caminhada de fé de qualquer uma das crianças do Senhor é individual,  "mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!". 

Não é por causa de nós que ocorre o gracioso derramar do Espírito Santo, é APESAR DE NÓS!

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7 Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem! (Mateus 18)



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